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Bruxelas pagou para arrancar vinha e agora quer aumentar produção de vinho
Cinco anos depois de ter patrocinado o arranque de vinha para combater excedentes de produção, a Comissão Europeia apresentou, esta quinta-feira, um plano para aumentar a produção vinícola e que acaba com o regime de direitos de plantação.
O novo regime
de autorizações para plantações de vinhas, que vigorará de 1 de janeiro
de 2016 até 2020, prevê o crescimento de 1% anual da superfície vinícola
de modo a responder à procura no mercado e a enfrentar a concorrência
do chamado Novo Mundo, com o Chile e a Austrália à cabeça.
"Os
Estados-membros devem conceder anualmente autorizações de novas
plantações correspondentes a 1% da superfície total efetivamente
plantada com vinhas nos respetivos territórios, embora possam fixar
limites inferiores, o que deve ser solidamente fundamentado", prevê o
texto, hoje publicado no Jornal Oficial da União Europeia (UE).
"O
declínio da produção foi superior, quase o dobro do que se pagou para o
arranque", disse à Lusa fonte comunitária, comentando os prémios dados
pela Comissão Europeia entre 2008 e 2010 para promover o arranque da
vinha na UE, nomeadamente de vinhos sem designação.
Este declínio
levou agora Bruxelas a investir no aumento da produção, esperando
resultados especialmente "no vinho de qualidade", salientou a mesma
fonte.
O novo regime prevê restrições às autorizações "desde que a
decisão se justifique pela necessidade de evitar um risco comprovado de
desvalorização significativa de determinada denominação de origem
protegida (DOP) ou indicação geográfica protegida (IGP)", como por
exemplo o vinho do Porto ou o champanhe.
"O regime de autorizações
permite que se continue a controlar a expansão - nomeadamente para DOP e
IGP - mas os limites têm que ser bem definidos e explicados", disse
fonte comunitária.
O novo regime aplica-se a novas plantações, a
replantações e à conversão de direitos de plantação e, no primeiro caso,
as autorizações são concedidas anualmente e, ao contrário dos direitos,
não podem ser transacionadas entre produtores.
Os direitos de plantação que continuem válidos em 2016 e 2017 serão automaticamente transformados em autorizações.
Em
termos de mercado, e segundo dados de Bruxelas, os maiores aumentos de
consumo de vinho verificam-se fora do espaço europeu, principalmente nos
EUA, a partir de 2009, e na China, desde 2012, sendo que a UE exporta
15% da sua produção para países terceiros.
* Ha 30 anos que Bruxelas paga para arrancar árvores, para não cultivar terras, para destruir plantações, para as vacas não serem ordenhadas etc., e não é por ignorância ou má gestão, os "donos do dinheiro" controlam a produção desta maneira, se houver fome e desemprego que se lixe!
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