ESTA SEMANA NA
"BLITZ"
"BLITZ"
GNR:
'Um gajo anda aqui a querer ser
moderno e depois trama-se'
Em entrevista à BLITZ, Rui Reininho, Tóli César Machado e Jorge Romão - que esta semana lançaram novo álbum Caixa Negra - falam sobre as glórias e os desaires de uma longa carreira.
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Ao décimo segundo álbum, o trio do Porto avança por conta própria.
Caixa Negra
é uma edição de uma banda definitivamente divorciada da velha indústria
e põe termo a um intervalo ocupado por várias revisões da matéria dada.
Encontramo-nos às primeiras horas de um soalheiro dia do início de
março, pouco depois de o F.C. Porto ter "despachado" o Sporting por um
conclusivo 3-0. O resultado avantajado da equipa maior da cidade que viu
nascer, há 34 anos, os GNR domina, naturalmente, a conversa antes de os
cafés começarem a fazer efeito e de o gravador arrancar para uma hora e
meia de memórias e pontapés para a frente, numa entrevista que pode ler
na BLITZ de abril, já nas bancas.
Rui Reininho, Tóli César Machado e Jorge Romão discorreram sobre
glórias, falhanços e o preço a pagar por se andar a fazer pop e rock há
34 anos.
Leia aqui um excerto:
Leia aqui um excerto:
Sentem-se, hoje, revigorados?
Jorge Romão:
Sim, e tem a ver com esta coisa da "independança" [refere-se à editora
atual dos GNR, a Indiefada]. Gravámos no nosso estúdio, não estamos à
espera que a editora calendarize. Fomos fazendo a gosto... "Ó Mário,
podes amanhã e depois?". Gravámos até às horas que nos deu jeito.
Tóli César Machado:
Agora não tenho tido bloqueios. As canções estavam todas prontas, não se foi fazer canções para o estúdio!
Rui Reininho:
Tens tomado as gotas... (risos)
TCM:
Não, pá, é muito trabalhinho. Tem de se trabalhar...
RR:
É como diz o grande Camilo José Cela... Quando a inspiração chega, encontra-me a trabalhar. (risos)
TCM:
Isto tem sempre a ver com o feedback que os discos têm. Um gajo faz um
disco, depois não vende e não adianta para nada e não se fica com muita
vontade de fazer [outro].
Depois da "ressaca" do meio dos anos 90, regressaram com dois álbuns
muito bem recebidos pela crítica e pelo público: Mosquito (1998) e
Popless (2000)...
TCM:
Sobretudo o Popless, um disco muito bem produzido. Depois houve a
tentativa de mexer e de mudar, que não correu assim muito bem - foi o
disco a seguir [Do Lado dos Cisnes, de 2002] -, mas quem não arrisca não
petisca. Senão, fazemos sempre a mesma coisa, como outras bandas. Há
uns que o fazem e fartam-se de tocar! Um gajo anda aqui a querer ser
moderno e trama-se! (risos) Depois não tem recompensa nenhuma, toca
menos...
RR:
Resulta do facto de não se comparecer na chamada capital do império...
Podemos vir de quarenta concertos e... "então, vocês têm estado um
bocado parados, não é?". Bolas, parado é o teu tio.
Leia a entrevista completa na BLITZ de abril, já nas bancas
* A BLITZ é para ler do princípio ao fim.
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