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"OBSERVADOR"
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Economistas antecipam que Brasil deve ter este ano a pior recessão desde 1990
Economia brasileira deverá enfrentar uma recessão de 0,66% este ano, o pior resultado desde 1990, quando a economia encolheu 4,3%.
A economia brasileira deverá enfrentar uma recessão de 0,66% este
ano, o pior resultado desde 1990, quando a economia encolheu 4,3%, de
acordo com a estimativa feita pelos economistas consultados semanalmente
pelo Banco Central. De acordo com os números compilados nesta
segunda-feira pelo Financial Times, esta foi mais uma semana de
indicadores negativos para o Brasil, cuja situação económica “fica mais
negra semana após semana”.
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A altura para a revisão em baixa das expetativas sobre a recessão este ano, de 0,5% para 0,66%, não ajuda a evolução do câmbio do real, acrescenta o jornal, lembrando que a moeda brasileira passou a marca dos 3 reais por dólar na semana passada, e já caiu mais 1,1% hoje para 3,1 reais por dólar, o valor mais negativo dos últimos dez anos e meio.
O real, de resto, é a moeda com o pior desempenho este ano, e caiu em 15 das últimas 18 sessões, ao passo que as ações na bolsa brasileira caíram pelo quarto dia consecutivo, caindo 1,7%, o valor mais baixo das últimas três semanas. Também nos juros exigidos pelos investidores para negociarem em dívida pública a 10 anos são negativos, sendo “os piores da região”, escreve o FT, notando que já vão nos 4,875%.
No domingo, a Bloomberg tinha noticiado que o acesso das empresas brasileiras aos mercados financeiros estava, na prática, congelado há quatro meses, data da última emissão de dívida internacional, refletindo a falta de confiança dos investidores.
De acordo com a agência Bloomberg, a última vez que as empresas brasileiras estiveram quatro meses sem recorrer a financiamento externo aconteceu em 2008, na sequência da implosão do Lehman Brothers, quando o crédito internacional ficou basicamente congelado.
A ausência de empréstimos internacionais é emblemática da maneira como o Brasil se degradou aos olhos dos investidores estrangeiros, na sequência do escândalo financeiro envolvendo as ligações entre a Petrobras e a classe política e da estagnação da economia, que levou os juros exigidos pelos investidores para emprestarem dinheiro a subir seis vezes mais que a média dos outros mercados emergentes.
No ano passado, por esta altura, as empresas brasileiras já tinham contraído 7,5 mil milhões de dólares de dívida nos mercados internacionais. A Petrobras não emite dívida internacional desde março do ano passado. A Moody’s desceu o ‘rating’ da empresa em dois níveis, para o patamar abaixo de investimento, conhecido como ‘lixo’, no final de fevereiro, o segundo corte em menos de um mês, precisamente devido à possibilidade de a investigação judicial em curso poder impedir o acesso ao financiamento.
O corte no ‘rating’ da Petrobras é uma das 28 ações de degradação do ‘rating’ que as empresas brasileiras já sofreram desde janeiro.
* Não é uma boa notícia para Portugal.
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A altura para a revisão em baixa das expetativas sobre a recessão este ano, de 0,5% para 0,66%, não ajuda a evolução do câmbio do real, acrescenta o jornal, lembrando que a moeda brasileira passou a marca dos 3 reais por dólar na semana passada, e já caiu mais 1,1% hoje para 3,1 reais por dólar, o valor mais negativo dos últimos dez anos e meio.
O real, de resto, é a moeda com o pior desempenho este ano, e caiu em 15 das últimas 18 sessões, ao passo que as ações na bolsa brasileira caíram pelo quarto dia consecutivo, caindo 1,7%, o valor mais baixo das últimas três semanas. Também nos juros exigidos pelos investidores para negociarem em dívida pública a 10 anos são negativos, sendo “os piores da região”, escreve o FT, notando que já vão nos 4,875%.
No domingo, a Bloomberg tinha noticiado que o acesso das empresas brasileiras aos mercados financeiros estava, na prática, congelado há quatro meses, data da última emissão de dívida internacional, refletindo a falta de confiança dos investidores.
De acordo com a agência Bloomberg, a última vez que as empresas brasileiras estiveram quatro meses sem recorrer a financiamento externo aconteceu em 2008, na sequência da implosão do Lehman Brothers, quando o crédito internacional ficou basicamente congelado.
A ausência de empréstimos internacionais é emblemática da maneira como o Brasil se degradou aos olhos dos investidores estrangeiros, na sequência do escândalo financeiro envolvendo as ligações entre a Petrobras e a classe política e da estagnação da economia, que levou os juros exigidos pelos investidores para emprestarem dinheiro a subir seis vezes mais que a média dos outros mercados emergentes.
No ano passado, por esta altura, as empresas brasileiras já tinham contraído 7,5 mil milhões de dólares de dívida nos mercados internacionais. A Petrobras não emite dívida internacional desde março do ano passado. A Moody’s desceu o ‘rating’ da empresa em dois níveis, para o patamar abaixo de investimento, conhecido como ‘lixo’, no final de fevereiro, o segundo corte em menos de um mês, precisamente devido à possibilidade de a investigação judicial em curso poder impedir o acesso ao financiamento.
O corte no ‘rating’ da Petrobras é uma das 28 ações de degradação do ‘rating’ que as empresas brasileiras já sofreram desde janeiro.
* Não é uma boa notícia para Portugal.
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