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Enfermeiros nas urgências já podem
pedir exames no momento da triagem
A partir desta sexta-feira os enfermeiros que estão na triagem nos serviços de urgência já podem pedir exames. Hospitais vão ter de garantir supervisão de doentes urgentes à espera há mais de 1 hora.
Os enfermeiros já podem, a partir desta sexta-feira, pedir exames no momento da triagem nas urgências hospitalares. Segundo a norma da Direção-Geral de Saúde (DGS), que concretiza uma alteração legislada e publicada sob a forma de despacho a 2 de fevereiro, os enfermeiros vão poder pedir eletrocardiografias e radiografias.
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“No
momento da triagem de Manchester, devem ser implementados os seguintes
algoritmos: eletrocardiografia simples de 12 derivações, nas situações
de dor torácica e radiografia simples do aparelho esquelético, nas
situações de monotrauma com deformidade e/ou incapacidade funcional,
valorizando a avaliação da intensidade da dor”, lê-se na norma publicada
esta sexta-feira.
Apesar do parecer negativo da Ordem dos Médicos, esta medida
será introduzida de forma voluntária e experimental pelos hospitais e
terá a duração inicial de um ano.
Para além desta maior autonomia, os enfermeiros terão outro papel fundamental. Diz a DGS que “os serviços de urgência devem assegurar a dotação e formação da equipa de enfermagem, de modo a garantir a supervisão dos doentes urgentes após 1h de espera”.
A DGS determina ainda
que todos os serviços de urgência devem ter o sistema de triagem de
Manchester em funcionamento até ao último dia deste ano, assim
como devem ter organizados os Cuidados Hospitalares Urgentes ao Doente
Traumatizado e devem criar e implementar a Via Verde de Sépsis.
Os
diretores do serviço de urgência, até serem emitidas normas específicas
pela Direção-Geral e Ordem dos Médicos, serão responsáveis por criar e
atualizar o regulamento de encaminhamento interno dos doentes, a ser
utilizado após a triagem de Manchester.
Até 31 de março, as
Administrações Regionais de Saúde devem identificar os hospitais que
vão implementar estas medidas e disso notificar a Direção-Geral da
Saúde.
Explica a DGS que a uniformização de procedimentos e
o “encaminhamento interno das situações clínicas, mais frequentes para
áreas de especialidade, deverá ser definido em cada hospital, de forma a
facilitar o acesso, em tempo útil, à observação médica adequada, com
redução dos tempos de espera e de permanência no serviço de urgência”.
A
triagem de Manchester, implementada em Portugal no ano 2000, permite
identificar uma prioridade clínica, com posterior alocação do doente na
área de atendimento mais adequada. A cada doente, consoante a sua
prioridade, é dada uma pulseira com uma cor.
* Requisição de electrocardiograma e radiografias ao esqueleto é muito escasso para a qualidade e competência dos nossos enfermeiros, análises de sangue e urina e outros exames complementares de diagnóstico também podiam ser requisitados por enfermeiros. Claro que a OM reclama, tem de defender o feudo.
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