HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Juncker sobre a troika:
"Pecámos contra a dignidade"
de Portugal e Grécia
O líder da Comissão Europeia defende que a "troika
é pouco democrática, falta-lhe legitimidade" e deve sofrer alterações.
Agora, é preciso saber retirar "as lições da história e não repetir os
mesmos erros". Também houve críticas à Comissão de Durão Barroso.
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A troika cometeu erros durante a sua
actuação nos resgates internacionais na Zona Euro. O "mea culpa" foi
feito hoje pelo presidente da Comissão Europeia, que era o líder do
Eurogrupo à altura dos pedidos de resgate, que admitiu que é preciso
rever o actual modelo da troika.
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"Pecámos contra a dignidade dos povos, especialmente na Grécia e em Portugal e muitas vezes na Irlanda", reconheceu Jean-Claude Juncker esta quarta-feira, 18 de Fevereiro.
"Eu era presidente do Eurogrupo, e pareço estúpido em dizer isto, mas há que retirar as lições da história e não repetir os mesmos erros", admitiu, em declarações citadas pela Europa Press.
Jean-Claude Juncker defendeu que, a seu tempo, é preciso rever o modelo da troika, que é composta pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI).
"A troika é pouco democrática, falta-lhe legitimidade e devemos revê-la quando chegar o momento", declarou em Bruxelas no Comité Económico e Social Europeu. Apesar de pretender alterar este modelo, considera que o BCE e a Comissão Europeia devem manter-se na sua estrutura.
Deixou também críticas à anterior Comissão Europeia liderada por Durão Barroso, em que "não se falava em absoluto" da Grécia porque "confiavam cegamente na troika".
Apesar das suas críticas à troika, deixou bem claro que as suas declarações "nada devem à necessidade de consolidar no curto, médio e longo prazo as nossas finanças públicas, porque não podemos viver às custas das futuras gerações" nem à "necessidade de empreender reformas estruturais que aumentem o potencial de crescimento da Europa".
Sobre a Grécia não fez comentários, excepto para dizer que o actual impasse nas negociações foi discutido "durante horas" no colégio de comissários.
As declarações de Juncker surgem num momento em que Atenas anunciou que rejeita conversações com a troika para negociar exclusivamente com os parceiros europeus.
Troika deve ter uma estrutura mais democrática
Esta não é a primeira vez que Jean-Claude Juncker defende a necessidade de mudar o modelo da troika. Recentemente, o presidente da Comissão declarou que "no futuro, devemos ser capazes de mudar a troika por uma estrutura mais legitimamente democrática e mais responsável com um reforço do controlo parlamentar tanto a nível europeu como nacional".
Juncker revelou esta quarta-feira que teve muitas discussões com líderes europeus que lidavam directamente com os altos funcionários da troika sobre questões de legitimidade.
"Não critico os altos funcionários, mas não se coloca um alto funcionário perante um primeiro-ministro ou um ministro das Finanças de um país, não é esse o seu nível. Há que colocar um comissário ou um ministro que tenha a autoridade do Eurogrupo", sublinhou.
* Afirmações bombásticas, que põem em causa as absurdas e criminosas agressões aos povos de Portugal, Grécia e Irlanda e também envergonham o actual governo português e o anterior governo grego, serventuários da troika. Ao menos Junker teve a coragem de reconhecer os desmandos dos esbirros europeus.
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"Pecámos contra a dignidade dos povos, especialmente na Grécia e em Portugal e muitas vezes na Irlanda", reconheceu Jean-Claude Juncker esta quarta-feira, 18 de Fevereiro.
"Eu era presidente do Eurogrupo, e pareço estúpido em dizer isto, mas há que retirar as lições da história e não repetir os mesmos erros", admitiu, em declarações citadas pela Europa Press.
Jean-Claude Juncker defendeu que, a seu tempo, é preciso rever o modelo da troika, que é composta pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI).
"A troika é pouco democrática, falta-lhe legitimidade e devemos revê-la quando chegar o momento", declarou em Bruxelas no Comité Económico e Social Europeu. Apesar de pretender alterar este modelo, considera que o BCE e a Comissão Europeia devem manter-se na sua estrutura.
Deixou também críticas à anterior Comissão Europeia liderada por Durão Barroso, em que "não se falava em absoluto" da Grécia porque "confiavam cegamente na troika".
Apesar das suas críticas à troika, deixou bem claro que as suas declarações "nada devem à necessidade de consolidar no curto, médio e longo prazo as nossas finanças públicas, porque não podemos viver às custas das futuras gerações" nem à "necessidade de empreender reformas estruturais que aumentem o potencial de crescimento da Europa".
Sobre a Grécia não fez comentários, excepto para dizer que o actual impasse nas negociações foi discutido "durante horas" no colégio de comissários.
As declarações de Juncker surgem num momento em que Atenas anunciou que rejeita conversações com a troika para negociar exclusivamente com os parceiros europeus.
Troika deve ter uma estrutura mais democrática
Esta não é a primeira vez que Jean-Claude Juncker defende a necessidade de mudar o modelo da troika. Recentemente, o presidente da Comissão declarou que "no futuro, devemos ser capazes de mudar a troika por uma estrutura mais legitimamente democrática e mais responsável com um reforço do controlo parlamentar tanto a nível europeu como nacional".
Juncker revelou esta quarta-feira que teve muitas discussões com líderes europeus que lidavam directamente com os altos funcionários da troika sobre questões de legitimidade.
"Não critico os altos funcionários, mas não se coloca um alto funcionário perante um primeiro-ministro ou um ministro das Finanças de um país, não é esse o seu nível. Há que colocar um comissário ou um ministro que tenha a autoridade do Eurogrupo", sublinhou.
* Afirmações bombásticas, que põem em causa as absurdas e criminosas agressões aos povos de Portugal, Grécia e Irlanda e também envergonham o actual governo português e o anterior governo grego, serventuários da troika. Ao menos Junker teve a coragem de reconhecer os desmandos dos esbirros europeus.
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