HOJE NO
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MP.
Redução de coima à Optimus no caso
das secretas não é passível de recurso
Em Fevereiro de 2014, a CNPD havia condenado a Optimus ao pagamento de uma coima de 4,5 milhões de euros por causa da divulgação de registos telefónicos do ex-jornalista do Público Nuno Simas
A
decisão do Tribunal da Relação de Lisboa de reduzir a coima à operadora
Optimus, de 600 mil euros para 100 mil euros, no caso das Secretas, não
admite recurso para um tribunal superior, indicou a Procuradoria-geral
da República (PGR).
Questionada pela Lusa sobre se o Ministério Público iria recorrer da
decisão de reduzir a multa aplicada à Optimus – que inicialmente tinha
sido fixada em 4,5 milhões pela Comissão Nacional de Protecção de Dados
(CNPD) -, a PGR explicou que “a decisão do Tribunal da Relação de Lisboa
não admite recurso para o tribunal superior, neste caso o Supremo
Tribunal de Justiça”, tal como resulta do Regime Geral das
Contra-ordenações.
Sobre a redução do valor da coima, que começou por ser de 4,5 milhões
de euros, mas depois foi reduzido para 600 mil por decisão do Tribunal
da Concorrência e Regulação e Supervisão (TCRS), após recurso da
Optimus, a PGR respondeu que “o Tribunal da Relação de Lisboa não
considerou verificadas algumas das contra-ordenações e procedeu ao
cúmulo jurídico das coimas aplicadas”.
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Em Fevereiro de 2014, a CNPD havia condenado a Optimus ao pagamento
de uma coima de 4,5 milhões de euros por causa da divulgação de registos
telefónicos do ex-jornalista do Público Nuno Simas.
A operadora recorreu para o TCRS, que reduziu a coima para 600 mil,
tendo depois recorrido para o Tribunal da Relação de Lisboa, que agora
estipulou o pagamento de 100 mil euros.
O julgamento do chamado “Caso das Secretas”, que tem como principal
arguido Jorge Silva Carvalho, antigo director do Serviço de Informações
Estratégicas de Defesa (SIED), está marcado para 09 de Abril.
O caso teve origem em suspeitas de acesso ilegal à facturação
detalhada do telefone do jornalista Nuno Simas e, além de Jorge Silva
Carvalho, o Ministério Público (MP) deduziu acusação contra o presidente
da Ongoing, Nuno Vasconcellos, e um funcionário do SIED, João Luís, por
violação do segredo de Estado, corrupção e abuso de poder.
A juíza de instrução criminal, além de pronunciar os três arguidos
pelos mesmos crimes pelos quais estavam acusados, decidiu também levar a
julgamento um agente do Serviço de Informações de Segurança (SIS), Nuno
Dias, e a sua companheira, ex-funcionária da Optimus, Filomena
Teixeira, por acesso ilegal de dados, acesso ilegal agravado e violação
do segredo profissional, como tinha defendido Nuno Simas no requerimento
de abertura de instrução.
* Os portugueses querem justiça, não justicialismo como muitos intelectuais modernaços têm o hábito de apregoar, querem justiça numa época em que a vida é demasiado injusta para eles, já que estão a pagar os conluios milionários entre políticos, banqueiros e grandes empresários.
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