ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
"SÁBADO"
Documentário alemão arrasa
Vladimir Putin
"Putin, o Homem" é o nome de um polémico documentário, sobre o passado
do presidente russo, que o canal de televisão alemão ZDF exibiu
recentemente. Entre as principais alegações do programa, há casos de
violência doméstica e de alcoolismo, entre outros.
No documentário, que se baseia em testemunhos, mas também em documentos
de serviços secretos ocidentais, não identificados, Vladimir Putin é
acusado de usar, reiteradamente, de violência contra a sua ex-mulher. A
antiga hospedeira da Aeroflot, Lyudmila Putin terá confidenciado os maus
tratos a uma amiga.
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Esta espécie de biografia regressa aos anos 80, quando o jovem Putin
era ainda um dos oficiais do KGB (policia política soviética) a operar
em Dresden, na então República Democrática da Alemanha (RDA). Nessa
altura, não teria a imagem cuidada que tem hoje. "Era depressivo, gordo,
preguiçoso e desencantado", diz a escritora Mahsa Gessen durante o
filme.
Um antigo superior relembra que "ele era um espião de secretária"
e falou de uma queixa sobre um caso de embriaguez na festa de uma
colega: "Os colegas do KGB falavam do seu gosto por bebidas alcoólicas
duras".
Um antigo vizinho de Dresden, conta ainda a história de quando o
espião perdeu um molho de chaves que davam acesso a documentos
ultra-secretos do KGB.
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Nas vésperas da queda do Muro de Berlim, multiplicavam-se por toda a
RDA protestos contra o regime comunistas. Ao contrário do que Putin tem
afirmado, de que dialogava com os manifestantes, não é essa a memória de
um deles. Siegried Dannath, testemunha que, numa ocasião, Putin
apareceu fardado à porta e avisou a multidão de que os seus homens
tinham ordem para atirar. A história é confirmada por um ex-colega do
KGB, Sergei Bezrukov.
Logo após ter sido nomeado, pela primeira vez, primeiro-ministro,
em 1999, houve uma tentativa de golpe para o depor. E, ainda segundo o
documentário, há provas de que sobreviveu a cinco tentativas de
assassinato – em Londres, Moscovo, São Petersburgo (sua cidade natal),
Teerão e Baku.
O programa alemão insinua que o presidente russo, de 62 anos, ao
contrário dos seus tempos de desleixo em Dresden, está "apavorado" com a
idade. Dizem que, em 2010, terá feito um facelift, para ficar
com "uma aparência jovem e dinâmica" e que seria essa a causa das
manchas na cara que eram visíveis aquando de uma visita à Ucrânia nessa
altura.
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"Putin tem medo da decadência física, tem medo de envelhecer", diz o
biógrafo Ben Judah, no documentário, onde se revela que do seu dia-a-dia
faz parte uma sessão de fitness num ginásio equipado com os mais caros aparelhos desportivos americanos. Também faz natação diariamente.
Ben Judah atribui o seu hábito de chegar atrasado aos
compromissos, fazendo os outros esperar, a um modo de demonstrar "o seu
poder", ou seja, a mensagem é: "Vocês precisam de mim, mas eu não
preciso de vocês, por isso têm de esperar."
Além dos seus ministros, estão na lista dos que tiveram de
aguardar até que Vladimir Putin se dignasse aparecer, à rainha de
Inglaterra, Isabel II e à chanceler alemã, Angela Merkel, contou uma
fonte do Kremlin.
* Execrável, nunca gostámos dele e continuaremos a denegri-lo.
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