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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
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Saiba como os hipermercados vão combater a taxa
sobre os sacos plásticos que entra em vigor domingo
Os hipermercados estão preparados para a introdução da nova taxa sobre os sacos plásticos leves, disponibilizando sacos de ráfia, em alguns casos de papel, e "trolleys" como alternativas para o transporte das compras.
Hipermercados com oferta de sacos de ráfia, papel e 'trolleys' em alternativa aos plásticos
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A taxa sobre os sacos plásticos
entra em vigor no domingo, mas os hipermercados dizem estar preparados
para a mudança, porque nos últimos anos têm vindo a aplicar medidas de
sustentabilidade ambiental.
Por exemplo, o Continente vai
"disponibilizar sacos de plásticos maiores, mais resistentes, de
qualidade superior e que permitem a sua reutilização, a um preço de 0,10
cêntimos", disse à Lusa fonte oficial da cadeia de hipermercados do
grupo Sonae.
A empresa, que recordou que até à data tinha
distribuído gratuitamente sacos de plástico oxo-biodegradáveis, adiantou
que vai oferecer, a partir de domingo "um saco de compras reutilizável
de longa duração a todos os clientes detentores de Cartão Continente, no
momento da primeira compra após a efetivação do diploma".
Além
disso, irá também reforçar a gama deste tipo de sacos, bem como de
"trolleys" para transporte de compras "a preços acessíveis",
acrescentou.
"O Pingo Doce introduziu recentemente sacos de papel
que são mais uma alternativa aos sacos de plástico que, para já, vão
continuar a existir. Neste caso, tal como os sacos de ráfia (desde 2008)
e os "trolleys" (desde 2011) à venda nas nossas lojas, a taxa sobre os
sacos de plástico não se aplica", disse fonte oficial da cadeia de
supermercados do grupo Jerónimo Martins.
Desde 2007 que o Pingo
Doce deixou de oferecer sacos de plástico gratuitamente, pelo que "em
sete anos vimos diminuir o consumo de sacos de plástico, em peso, em
55%, o que representa uma redução de mais de 13 mil toneladas de sacos
depositados em aterro" e uma diminuição "de mais de 26 mil toneladas de
emissão de CO2 [dióxido de carbono]".
A Auchan Portugal
Hipermercados, que "nos últimos seis anos" reduziu "em média 30% de
sacos plásticos por cliente", reforçou toda a sua estratégia e, "como
alternativa à compra do saco de plástico", criou "outras soluções com
melhor relação qualidade/preço", adiantou fonte oficial.
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"Continuaremos
a dinamizar ações de sensibilização para que o impacto no nosso cliente
seja o menor possível com a aplicação da nova lei", acrescentou fonte
oficial do grupo que detém a cadeia de hipermercados Jumbo.
O El
Corte Inglés vai "cobrar ao cliente final os 10 cêntimos que a lei
determina que os comerciantes devem cobrar pelos sacos de plástico
leves, continuando a assumir o custo dos mesmos, já que o que o cliente
paga pelos sacos de plástico leves é, exclusivamente, o valor da
contribuição que é entregue integralmente ao Estado", disse à Lusa fonte
oficial.
"Já quantos aos sacos que tínhamos em 'stock', tivemos
oportunidade de os gerir de forma a não haver excedentes na data de
entrada em vigor da obrigatoriedade de pagamento da contribuição, pelo
que não geraremos excedentes de 'stock'", acrescentou.
Sobre as
alternativas, a mesma fonte do El Corte Inglés adiantou que a empresa
"já disponibilizava, mesmo antes desta norma, opções reutilizáveis,
designadamente os sacos de ráfia e os 'trolleys'", aos quais acrescentam
agora "as opções em papel".
Entretanto, fonte oficial do Grupo Os
Mosqueteiros disse à Lusa que o "Intermarché não vai disponibilizar
sacos de plástico leves" a partir do próximo domingo.
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"Em
alternativa, a insígnia do Grupo Os Mosqueteiros apresenta três soluções
diferentes, sendo que cada loja, por ser gerida de forma autónoma por
empresários independentes, poderá adotar a solução que considerar mais
adequada para responder de forma eficaz às necessidades dos clientes
daquela localidade", adiantou.
"As tipologias de sacos que
passarão a estar disponíveis nas lojas Intermarché são sacos de plástico
mais resistentes e que podem ser reutilizados, sacos de papel,
destinados a pequenas compras, e sacos reutilizáveis, para artigos de
maior volume", acrescentou fonte oficial do Grupo os Mosqueteiros.
Já
o Lidl Portugal adiantou que não vai passar a ter sacos de papel,
apesar de continuar "a oferecer aos seus clientes soluções
ambientalmente sustentáveis e que sejam compatíveis com a realidade
económica vivida pelo país".
Fonte oficial da cadeia de retalho
alemã recordou que esta tem adotado práticas de consumo sustentáveis e
que "irá sempre desenvolver os melhores esforços para continuar a
contribuir para a sensibilização dos cidadãos para uma maior consciência
ambiental".
"No que respeita ao 'stock' de sacos, não prevemos
nenhum excedente em virtude do alargamento do período para a entrada em
vigor da nova lei", acrescentou fonte oficial do Lidl.
Paralelamente, outras empresas vão oferecer sacos reutilizáveis aos seus clientes, como é o caso da NACEX Portugal.
A
empresa de transporte expresso do grupo Logista em Portugal anunciou
que vai oferecer cerca de 10 mil sacos ecológicos e reutilizáveis aos
seus clientes, com o objetivo de promover uma alternativa aos sacos de
plástico leves a partir do próximo domingo, altura em que estes estão
sujeitos a uma taxa de 10 cêntimos (oito cêntimos mais IVA).
* Se existe habilidade para contornar leis e fugir ao fisco, mais fácil é baratinar a dos sacos de plástico.
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