04/02/2015

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424.
Senso d'hoje

  ANTÓNIO  FEIJÓ  PRESIDENTE DO CONSELHO  
GERAL INDEPENDENTE
SOBRE O MODELO DE GESTÃO
DA "RTP"

“O Estado teve sempre uma posição dominante no produto público, no sentido em que, para além de ser o acionista, determinava a vida da empresa – decidia quem era o Conselho de Administração e temos todos conhecimentos de histórias perversas de interferência na linha editorial, de alinhamentos de telejornal que eram feitos em ministérios, etc.”

“O grande fogo sobre este modelo não tem sido da oposição. Tem sido de figuras gradas do PSD que detêm o comentário político em Portugal (…), como Morais Sarmento, Marques Mendes e Marcelo Rebelode Sousa, em parte, (…) que fizeram uma série de pronunciamentos, por vezes violentos, sobre o CGI. Há tensões internas no partido maioritário da coligação que se refletem nisso [nessas críticas]”

“Há um ponto crucial deste debate: se há qualidade de programação, as audiências baixam; se as audiências baixam, as receitas comerciais baixam, portanto o serviço público deixa de ter relevância… E temos aqui os braços de um dilema de onde nunca se sai. [Ora], eu acho que este dilema é um falso dilema, por uma razão muito simples: a qualidade não tem de ser necessariamente elitista“.

* Excertos de entrevista conduzida por Maria João Avilez, ao "OBSERVADOR"
 

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