Conhece Harald Eia?
Não? Não está só. A culpa é do igualitarismo radical que se abateu,
como pensamento único, sobre a sociedade ocidental. Passo às
apresentações. Em 2012, a Noruega, nação cimeira do igualitarismo, onde a
maioria dos engenheiros continuam a ser homens e as enfermeiras
mulheres, discutiu a decisão do Concílio Nórdico de Ministros que
encerrou o Instituto Nórdico do Género, expoente máximo da “teoria de
género”, base retórica do feminismo radical. Na origem do encerramento
esteve o documentário “Lavagem de Cérebro: o paradoxo da igualdade de
género”, exibido na NRK (a RTP lá do sítio), produzido por Eia, em que o
carácter pouco científico da teoria foi exposto.
E qual foi a estratégia de Eia para desmistificar esta linha de
pensamento? Simples: colocar os estudos daquele instituto, que atribuem a
desigualdade entre géneros a questões eminentemente sociais (cultura,
educação, valores entre outros), frente a frente com o argumento
biológico (genética e natureza humana) defendido por estudiosos da
matéria nos EUA e no Reino Unido. O resultado do documentário
dificilmente poderia ser mais demeritório para os primeiros, que a certa
altura parecem embaraçados com a falta de sustentabilidade científica
dos seus estudos.
Reformulo a pergunta inicial: o leitor acompanhou a polémica? Não?
Não se preocupe, em grande medida ela foi boicotada pela imprensa
internacional. Aparentemente “hjernevask”, a password escolhida para ver
o documentário on-line, que em norueguês significa “lavagem cerebral”,
continua a fazer todo o sentido.
IN "i"
30/12/14
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