ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
"EXPRESSO"
Albuquerque quer limitar mandatos
do presidente madeirense
"Miguel Albuquerque é o meu líder, o líder de todos nós", disse Alberto João Jardim no discurso de abertura do congresso do PSD-Madeira.
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O tempo novo do PSD-Madeira começou com uma proposta
para limitar a três os mandatos do presidente do Governo Regional.
Miguel Albuquerque, o novo líder, anunciou a ideia no discurso de
abertura do congresso do partido que começou este sábado no Funchal. Se
houvesse dúvidas, o presidente da comissão política esclareceu: não será
como Jardim, o homem a quem sucede.
Um sinal da mudança num dia de conciliação e perdão
entre as hostes sociais-democratas. Miguel Albuquerque quis, ao mesmo
tempo que falava de um partido plural e aberto, sarar as feridas da
campanha interna. Da sua parte, disse, não leva ressentimentos dos
confrontos com Alberto João Jardim. O líder cessante aplaudiu e
retribuiu: "Miguel Albuquerque é o meu líder, o líder de todos nós".
Os congressistas aplaudiram a passagem de testemunho,
mas interessavam mais as palavras de Miguel Albuquerque, o apelo à
mobilização, as propostas para moderar os gastos nas campanhas
eleitorais e o pedido de uma maioria absoluta nas eleições regionais
antecipadas, que deverão acontecer no fim de Março.
Jardim era o homem de saída, chegou ao congresso sem
que ninguém desse muita importância, deixou o recinto logo após os
discursos de abertura. Ainda falou aos jornalistas sobre a eventual
candidatura à Presidência da República, sobre o futuro, se vai ou não
reformar-se da política. Os tempos em que era a estrela dos encontros
dos sociais-democratas eram passado.
Os temas da autonomia total, da dívida histórica do
Estado em relação à Madeira - tão queridas a Alberto João Jardim -
também não despertaram emoções no congresso. Os delegados aplaudiram a
disposição de Miguel Albuquerque para negociar com Lisboa e com Passos
Coelho, convidado de honra da sessão de abertura do congresso.
"Não precisamos de inventar a roda, mas de trabalharmos
juntos, sem preconceitos, com os olhos postos no futuro", pediu o novo
líder, enquanto lembrava que era tempo de esclarecer alguns mal
entendidos como "a ideia complexada de que vivemos à míngua dos
contribuintes nacionais".
Os tempos, disse, exigem que as relações com o Estado
se façam de uma "maneira moderna e inteligente", "sem sectarismos". A
Madeira, prometeu, irá dar o exemplo. Ou melhor, já começou a dar o
exemplo ao cortar as subvenções para os partidos políticos e vai
continuar. Uma das medidas é limitar a três mandatos o número de
mandatos do presidente do Governo Regional.
* Não é solução, ela está no voto esclarecido e incómodo.
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