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Ataque ao jornal 'Charlie Hebdo'
provoca pelo menos 12 mortos
Redacção já tinha sido atacada em Novembro em 2011
Homens
armados atacaram na manhã desta quarta-feira a redacção do jornal
satírico francês Charlie Hebdo fazendo pelo menos 12 mortos e 10
feridos.
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A Agência France Presse (AFP) está a avançar que entre os 12 mortos se encontram dois polícias.
Segundo testemunhas citadas pela AFP, os atacantes eram dois e usaram
armas automáticas. Ataque deverá ter durado cerca de 10 minutos.
Fonte próxima do processo citada pela mesma agência disse que dois
homens “armados com uma ‘kalashnikov’ e um lança-rockets” atacaram o
edifício, no centro de Paris, e “trocaram tiros com as forças de
segurança”.
A mesma fonte disse que os dois atacantes se apoderaram de um automóvel e atropelaram um transeunte na fuga.
O ataque ainda não foi reivindicado. Segundo o "Le Monde", este foi o ataque mais mortífero, em solo francês, desde 1945.
François Hollande já está no local. “Estes atentados são contra o
espirito da República e contra um jornal que sempre lutou pela liberdade
de expressão”, disse o presidente francês, acrescentado que "é preciso
encontrar os responsáveis e levá-los perante a justiça".
Hollande convocou ainda uma reunião do gabinete de crise para as 15 horas de Lisboa.
As autoridades elevaram o nível de alerta de segurança na região parisiense para o máximo.
A redacção do jornal satírico, publicado semanalmente, já tinha sido
atacada em Novembro de 2011, quando um incêndio de origem criminosa
destruiu as suas instalações.
Esse incidente ocorreu depois de o jornal publicar um número especial
sobre as primeiras eleições na Tunísia após a destituição do Presidente
Zine el Abidine Ben Ali, vencidas pelo partido islamita Ennahda, no
qual o profeta Maomé era o “redactor principal”.
O jornal tornou-se conhecido em 2006 quando decidiu republicar
cartoons do profeta Maomé, inicialmente publicados no diário dinamarquês
Jyllands-Posten e que provocaram forte polémica em vários países
muçulmanos.
Os cartoonistas Cabu, Charb e Wolinski terão morrido no atentado, segundo o "Le Figaro".
Antes de abandonarem o local, os atiradores terão gritado "vingámos o profeta" avança o "Le Parisien".
* Quando o preço da liberdade é a vida. O 'Charlie Hebdo' tem de continuar acutilante, ou morreremos todos em diferido.
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