HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Ex-tesoureiro do PP afirma que
Rajoy sabia da existência de
contabilidade paralela desde o início
Luis Bárcenas, ex-tesoureiro do Partido Popular,
libertado na passada quinta-feira, acusou Rajoy de conhecer o
financiamento ilegal do PP desde o início.
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Luis Bárcenas, ex-tesoureiro do Partido
Popular (PP) espanhol e acusado de crimes de corrupção e financiamento
ilegal, declarou esta sexta-feira, 23 de Janeiro, que Mariano Rajoy,
presidente do Governo espanhol e líder do PP, sabia da existência duma
contabilidade paralela "desde o princípio", considerando por isso mesmo
"absurdo" que o partido o culpabilize apenas a ele.
Bárcenas, que saiu esta quinta-feira, 22 de Janeiro, da prisão de Soto del Real (Madrid), após do pagamento de uma fiança de 200 mil euros, assistiu esta sexta-feira à Audiência Nacional (tribunal especial para crimes graves) para assinar a sua primeira comparecência fora de instâncias penitenciárias.
No caminho para a Audiência, o ex-tesoureiro atirou que "a contabilidade [do PP] é fidedigna desde o primeiro apontamento e não há nem um só apontamento naqueles papéis que não se corresponda com um valor real", de acordo com os jornais espanhóis. Depois desta declaração, sublinhou que Rajoy recebeu envelopes com dinheiro na sede do Partido Popular, na altura em que o actual presidente do Governo espanhol era ministro no Executivo de José Maria Aznar.
Luis Bárcenas está obrigado a apresentar-se três vezes por semana no Tribunal como medida preventiva. Antes de se apresentar esta sexta-feira nos tribunais, à porta do seu domicílio, o arguido negou ter consigo documentos que pudessem comprometer ao seu antigo partido.
Contudo, após ser questionado pela contabilidade B admitiu que essa contabilidade era irregular "sem qualquer dúvida", e assumiu a sua parte de responsabilidade. "Mas quem tem beneficiado dessa contabilidade é o próprio partido [popular]" salientou. No que respeita ao anterior presidente do Governo espanhol, José María Aznar, Bárcenas afirmou que ele não tinha conhecimento dessa contabilidade.
Sobre a sua fortuna, avaliada em mais de 48 milhões de euros pelo juiz Pablo Ruz e que estaria numa conta na Suíça, o ex-tesoureiro alegou com firmeza: "Não vou devolver nada. O dinheiro que tenho é aquele que tenho na Suíça e o qual ganhei com a minha actividade profissional desde 1989", acrescentou.
Numa entrevista, concedida esta sexta-feira à televisão pública TVE, o vice-secretário do PP, Carlos Floriano, afirmou que "nunca houve nem vai haver uma contabilidade paralela" no PP. Floriano ainda acrescentou que "esse senhor [Luis Bárcenas] enganou-nos a todos" e reiterou que "quem controlava tudo, do princípio ao fim, era ele".
Esta série de declarações coincide com o arranque da Convenção Nacional do PP, que se vai prolongar até o domingo. Neste congresso reúnem-se os principais líderes do partido conservador espanhol para marcar as linhas a seguir nas próximas eleições regionais e municipais de 2015.
* No mau pano também cai a nódoa.
Bárcenas, que saiu esta quinta-feira, 22 de Janeiro, da prisão de Soto del Real (Madrid), após do pagamento de uma fiança de 200 mil euros, assistiu esta sexta-feira à Audiência Nacional (tribunal especial para crimes graves) para assinar a sua primeira comparecência fora de instâncias penitenciárias.
No caminho para a Audiência, o ex-tesoureiro atirou que "a contabilidade [do PP] é fidedigna desde o primeiro apontamento e não há nem um só apontamento naqueles papéis que não se corresponda com um valor real", de acordo com os jornais espanhóis. Depois desta declaração, sublinhou que Rajoy recebeu envelopes com dinheiro na sede do Partido Popular, na altura em que o actual presidente do Governo espanhol era ministro no Executivo de José Maria Aznar.
Luis Bárcenas está obrigado a apresentar-se três vezes por semana no Tribunal como medida preventiva. Antes de se apresentar esta sexta-feira nos tribunais, à porta do seu domicílio, o arguido negou ter consigo documentos que pudessem comprometer ao seu antigo partido.
Contudo, após ser questionado pela contabilidade B admitiu que essa contabilidade era irregular "sem qualquer dúvida", e assumiu a sua parte de responsabilidade. "Mas quem tem beneficiado dessa contabilidade é o próprio partido [popular]" salientou. No que respeita ao anterior presidente do Governo espanhol, José María Aznar, Bárcenas afirmou que ele não tinha conhecimento dessa contabilidade.
Sobre a sua fortuna, avaliada em mais de 48 milhões de euros pelo juiz Pablo Ruz e que estaria numa conta na Suíça, o ex-tesoureiro alegou com firmeza: "Não vou devolver nada. O dinheiro que tenho é aquele que tenho na Suíça e o qual ganhei com a minha actividade profissional desde 1989", acrescentou.
Numa entrevista, concedida esta sexta-feira à televisão pública TVE, o vice-secretário do PP, Carlos Floriano, afirmou que "nunca houve nem vai haver uma contabilidade paralela" no PP. Floriano ainda acrescentou que "esse senhor [Luis Bárcenas] enganou-nos a todos" e reiterou que "quem controlava tudo, do princípio ao fim, era ele".
Esta série de declarações coincide com o arranque da Convenção Nacional do PP, que se vai prolongar até o domingo. Neste congresso reúnem-se os principais líderes do partido conservador espanhol para marcar as linhas a seguir nas próximas eleições regionais e municipais de 2015.
* No mau pano também cai a nódoa.
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