HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
China diz desconhecer polémica mas reafirma vontade de "aprofundar relações"
O governo chinês indicou hoje à agência Lusa desconhecer a
polémica acerca do futuro da base das Lajes, mas reafirmou a disposição
de "aprofundar as amistosas relações com Portugal".
"Não conhecemos a situação referida na imprensa em Portugal",
disse o gabinete do porta-voz do ministério chinês dos Negócios
Estrangeiros acerca do alegado interesse da China em criar um entreposto
comercial na ilha Terceira, Açores, na sequência da anunciada redução
dos efetivos norte-americanos estacionados naquela base.
O presidente do governo regional dos Açores, Vasco Cordeiro, salientou, em entrevista à RTP, a possibilidade de a infraestrutura das Lajes ser usada por outro país que não os Estados Unidos, dando o exemplo da China, com quem Portugal tem "uma relação diplomática" que é "muito anterior" àquela que tem com Washington.
Na quarta-feira, o Diário de Noticias refere que o governo regional dos Açores "vê nos chineses uma solução para a prevista redução gradual ao longo deste ano do número de trabalhadores portugueses de 900 para 400, e de civis e militares americanos de 650 para 165".
De acordo com o mesmo jornal, "os chineses querem instalar um entreposto comercial ali no meio do Atlântico".
Questionado pela agência Lusa, o gabinete do porta-voz do MNE chinês não confirmou nem desmentiu o interesse no referido entreposto, salientando antes que as relações entre a China e Portugal são "amistosas" e que os dois países assinalam este ano o 10.º aniversário da sua "parceria estratégica global".
"A China quer aprofundar a pragmática cooperação com Portugal em várias áreas e continuar a desenvolver as relações bilaterais", acrescentou o mesmo gabinete num comentário escrito de quatro linhas.
O acordo luso-chinês de "parceria estratégica global", um dos primeiros do género que a China estabeleceu com nações europeias, foi assinado em dezembro de 2005 em Portugal pelos chefes de governo dos dois países.
Em julho passado, no final de uma visita à América Latina, o presidente chinês, Xi Jinping, efetuou uma escala técnica de cerca de oito horas na ilha Terceira, onde se encontrou com o vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas.
Dois anos antes, o então primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, escalou também a ilha Terceira.
Naquela altura, um conhecido comentador norte-americano, Gordon G. Chang, interpretou a escala de Wen Jiabao como um sinal de que a China estava a "lançar o anzol para tomar conta de uma base dos Estados Unidos nos Açores".
* Não temos quaiquer dúvidas de que o governo chinês quer, através de relações amistosas, aprofundar a nossa desgraça.
O presidente do governo regional dos Açores, Vasco Cordeiro, salientou, em entrevista à RTP, a possibilidade de a infraestrutura das Lajes ser usada por outro país que não os Estados Unidos, dando o exemplo da China, com quem Portugal tem "uma relação diplomática" que é "muito anterior" àquela que tem com Washington.
Na quarta-feira, o Diário de Noticias refere que o governo regional dos Açores "vê nos chineses uma solução para a prevista redução gradual ao longo deste ano do número de trabalhadores portugueses de 900 para 400, e de civis e militares americanos de 650 para 165".
De acordo com o mesmo jornal, "os chineses querem instalar um entreposto comercial ali no meio do Atlântico".
Questionado pela agência Lusa, o gabinete do porta-voz do MNE chinês não confirmou nem desmentiu o interesse no referido entreposto, salientando antes que as relações entre a China e Portugal são "amistosas" e que os dois países assinalam este ano o 10.º aniversário da sua "parceria estratégica global".
"A China quer aprofundar a pragmática cooperação com Portugal em várias áreas e continuar a desenvolver as relações bilaterais", acrescentou o mesmo gabinete num comentário escrito de quatro linhas.
O acordo luso-chinês de "parceria estratégica global", um dos primeiros do género que a China estabeleceu com nações europeias, foi assinado em dezembro de 2005 em Portugal pelos chefes de governo dos dois países.
Em julho passado, no final de uma visita à América Latina, o presidente chinês, Xi Jinping, efetuou uma escala técnica de cerca de oito horas na ilha Terceira, onde se encontrou com o vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas.
Dois anos antes, o então primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, escalou também a ilha Terceira.
Naquela altura, um conhecido comentador norte-americano, Gordon G. Chang, interpretou a escala de Wen Jiabao como um sinal de que a China estava a "lançar o anzol para tomar conta de uma base dos Estados Unidos nos Açores".
* Não temos quaiquer dúvidas de que o governo chinês quer, através de relações amistosas, aprofundar a nossa desgraça.
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