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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
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PGR chamada a explicar o que fazer face
. aos 4,5 milhões impagáveis da Gaianima
O presidente da Câmara de Gaia divulgou, esta segunda-feira, que vai pedir à Procuradoria-Geral da República para explicar quais os procedimentos a adotar face aos 4,5 milhões de contratos da Gaianima que, segundo uma auditoria, violaram a lei dos compromissos.
Durante a reunião de câmara de hoje, Eduardo
Vítor Rodrigues anunciou que vai enviar o resultado da auditoria daquela
empresa municipal para as entidades competentes, como o a
Procuradoria-Geral da República, para que esta "diga como proceder em
casos" que a câmara "não pode pagar".
Em
causa estão contratos de cerca de 4,5 milhões de euros que, de acordo
com os auditores, violam a lei dos compromissos (LCPA), sendo por isso
impagáveis.
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Sobre o documento, Vítor Rodrigues assinalou que "o
que está em causa é a demonstração rigorosa dos problemas sérios" que o
seu executivo herdou e sobre os quais já havia dito existirem "4,5
milhões de euros por pagar, sem condições jurídicas para tal".
O
debate sobre resultado da auditoria à empresa municipal Gaianima estava
agendado para a reunião de câmara de hoje mas, dada a "complexidade do
documento", como referiu a oposição social-democrata, acabou adiado para
a primeira reunião de janeiro do próximo ano que, ao contrário desta,
não será pública.
Na reunião de hoje foi apenas aprovada a
proposta para "solicitar a autoridades competentes" esclarecimentos
sobre o procedimento a adotar face aos contratos que violaram a LPCA,
explicou Vítor Rodrigues.
O autarca revelou ainda que, no âmbito
das contas da Gaianima, já existem dois processos de injunção e que as
entidades competentes "vão notificar os antigos administradores para
contestarem".
Informou também que os fornecedores visados, e com
os quais aquela empresa assumiu contratos agora nulos, já "começaram a
ser notificados quanto ao não-pagamento" e que a atual administração da
Gaianima já se manifestou disponível para qualquer esclarecimento.
Com
quase 770 páginas, o relatório da auditoria começa com o Conselho de
Administração da Comissão Liquidatária da empresa a sugerir o envio do
relatório à Direção-Geral das Autarquias Locais, às Finanças e ao
Tribunal de Contas.
A reunião ficou ainda marcada pela posição de
contestação da oposição PSD ao veto, pelo governo, do nome de Carlos
Duarte para a comissão diretiva que irá gerir os fundos comunitários
2014-2020 para a região Norte.
O vereador Firmino Pereira
considerou "grave" e um "atentado à autonomia do poder local" tal
decisão "inexplicável" do governo contra o que foi uma decisão unânime
dos autarcas.
"Desconheço as razões de natureza técnica que possam
existir por detrás deste veto e não quero imaginar nem supor que
existam outras razões, nomeadamente de natureza política, que tiveram a
ver com as eleições para a distrital do PSD/Porto", acrescentou.
Também
para o socialista Vítor Rodrigues, este foi um "ato de menorização dos
municípios" remetendo mais comentários para terça-feira.
* Para PSD e CDS autarquias e país interessam pouco,importante é o poder, "p(h)odem-nos" a todos.
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