Mulheres continuam a encontrar mais obstáculos à progressão na carreira
As mulheres continuam a encontrar mais obstáculos à progressão
na carreira e a igualdade de género em lugares de topo ainda não é uma
realidade, alerta um estudo da consultora Mercer, divulgado hoje.
As mulheres “continuam a estar subrepresentadas em lugares” e, apesar
dos “esforços para promover a igualdade de género”, os resultados ainda
não são “significativos”, conclui o estudo global “When women thrive,
businesses thrive” (Quando as mulheres prosperam, os negócios
prosperam), no qual a Mercer contou com a colaboração da EDGE Certified
Foundation, responsável pela única certificação empresarial global para a
igualdade de género nas organizações.
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O estudo analisou dados sobre o mundo laboral e inquiriu pessoas,
incluindo 680 mil mulheres, em 28 países, com o objetivo de identificar
como é que as organizações podem efetivamente promover a igualdade de
género no trabalho.
A opinião da maioria dos inquiridos é a de que, “se as abordagens
atuais se mantiverem, apenas um terço das posições executivas serão
ocupadas por mulheres nos próximos dez anos”.
De acordo com o estudo da Mercer, que avalia, a nível global, o
impacto da política seguida pelas organizações para a representação das
mulheres e respetiva progressão na carreira, “as empresas ainda se
encontram longe de uma situação de igualdade”.
Em economias fortes, como as de Estados Unidos e Canadá, “apenas um
quarto das mulheres” deverão desempenhar funções executivas em 2024, uma
situação idêntica à de hoje. Já nos países em desenvolvimento, a
representação feminina deverá crescer “mais rapidamente”, compara o
estudo.
Embora atualmente as mulheres representem 41% da força laboral no
mundo, a maioria “exerce funções de apoio e suporte a equipas”, com
“apenas 26%” a ocuparem “posições como gestoras seniores” e menos ainda,
“19%, como executivas”.
O estudo reconhece que as iniciativas para promover a igualdade de
género adotadas nas últimas duas décadas “tiveram resultados positivos”,
nomeadamente promovendo uma maior visibilidade e uma maior participação
das mulheres.
Porém, em “apenas pouco mais de metade” das organizações inquiridas,
os líderes executivos seniores são envolvidos em programas de
diversidade e inclusão.
Ora, destaca o estudo, está provado que este “envolvimento ativo de
líderes seniores na promoção da igualdade de género conduz a uma maior e
mais rápida representação das mulheres em funções executivas”.
* Os machos democratas...
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