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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
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Problema das colocações de
professores está resolvido
Os representantes dos diretores
escolares disseram, esta terça-feira, que os problemas de colocação de
professores, através da bolsa de contratação, estão ultrapassados, mas
agora "é preciso acudir a outro fogo", o da compensação das aulas em
atraso.
Em
declarações à Lusa, o vice-presidente da Associação Nacional de
Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima,
afirmou que "os professores estão finalmente colocados e nas escolas a
dar aulas", e que estão ultrapassados os problemas que se arrastavam
desde o início do ano letivo com a colocação de professores através da
Bolsa de Contratação de Escola (BCE).
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"Esse fogo está extinto. É preciso
acudir a outro, que são as aulas de compensação", declarou,
acrescentando que as escolas estão ainda a submeter os seus planos de
apoio aos alunos prejudicados pelos atrasos nas colocações à aprovação
do Ministério da Educação e Ciência (MEC).
Filinto Lima disse que
muitos estabelecimentos têm recursos próprios para resolver a situação,
não necessitando de contratar mais docentes, apenas de autorização para
pagar horas extra aos professores disponíveis para as fazer, ou
autorização para aumentar o horário de docentes dos quadros e
contratados, com horários incompletos e que podem assegurar as aulas de
compensação necessárias.
A um ritmo de uma ou duas horas de aulas
extra por semana, o vice-presidente da ANDAEP, e diretor de um
agrupamento de escolas em Vila Nova de Gaia, espera ter a questão da
recuperação dos alunos com aulas em atraso resolvida a tempo dos exames.
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Filinto Lima reconhece, no entanto, que este plano de recuperação não se faz sem "o sacrifício de pais, alunos e professores".
Já
Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes
Escolares (ANDE), que também dá por terminado o problema com as
colocações de professores, espera que os planos de recuperação possam
estar concluídos até ao final do 2.º período, ainda longe do período de
exames.
"Há prejuízos para os alunos, como é evidente",
reconheceu, acrescentando que a principal preocupação continua a ser a
recuperação dos alunos em anos terminais, com exames no final do 3.º
período.
Manuel Pereira diz que a Direção-Geral da Administração
Escolar tem dado resposta aos planos individuais submetidos pelas
escolas, mas "tem tentado que as escolas justifiquem muito claramente as
suas necessidades", uma exigência que o representante dos diretores
escolares entende, numa lógica de racionalização de recursos.
Independentemente
de as escolas conseguirem finalizar os planos de recuperação de alunos a
tempo dos exames de final de ano, Filinto Lima entende que o MEC devia
encarar os problemas deste ano "como uma oportunidade" para alterar
definitivamente as datas dos exames dos alunos do 1.º ciclo e do
restante ensino básico, fazendo-os coincidir com o período de exames
definido para os estudantes do ensino secundário.
Essa opção,
defendeu, traria vantagens para a aprendizagem dos alunos, evitando que
"entrassem de férias a seguir aos exames", ainda que em período de
aulas, e para a organização das escolas, que não teriam de gerir o
encerramento total ou parcial dos estabelecimentos a meio do 3.º
período, para poder realizar exames, prejudicando o período de aulas dos
alunos mais velhos.
Filinto Lima reiterou ainda que o processo de
verificação de critérios e competências declarados pelos professores,
nas suas candidaturas a lugares nas escolas, "tem de acontecer mais cedo
no próximo ano", até para evitar que docentes percam a colocação quando
já estão a dar aulas por depois se verificar que não cumpriam os
requisitos que indicaram.
* Crato, armado em bombeiro, anda a apagar fogos com a mangueira rota.
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