HOJE NO
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Jovens mais expostos na internet
a mensagens de ódio, a sites
. pró-anorexia e de automutilação
Os investigadores concluem que a probabilidade de beneficiar do uso da internet depende da idade, género e estatuto socioeconómico, da forma como os pais apoiam e do conteúdo positivo que está à disposição.
Os
jovens europeus ficaram mais expostos, nos últimos quatro anos, na
internet, a mensagens de ódio, a "sites" pró-anorexia e de automutilação
e ao "ciberbullying", revela o relatório final do projeto "UE Kids
Online", hoje divulgado.
Em comparação com 2010, os jovens europeus, entre os 11 e 16 anos,
têm mais probabilidade de ser expostos a mensagens de ódio (de 13% para
20%), sítios na internet pró-anorexia (de 9% para 13%), de automutilação
(de 7% para 11%) e "ciberbullying" (de 7% para 12%), refere o relatório
divulgado pela Universidade Nova de Lisboa (UNL), que participou no
projeto.
.
Em 2010, o projeto realizou um inquérito face-a-face, em casa, a
25.000 crianças e jovens, entre os 09 e os 16 anos, utilizadores de
internet, e a um dos seus pais, em 25 países.
Entre 2011 e 2014, procurou aprofundar o conhecimento sobre as
experiências e práticas de risco e segurança na internet e novas
tecnologias por crianças e jovens europeus e pelos seus pais.
Os resultados hoje divulgados no relatório final, que incluem uma
atualização e análise dos dados e recomendações em relação a riscos na
internet de crianças e jovens, salientam que “nem todo o uso da internet
resulta em benefícios”.
A pornografia lidera a lista de preocupações das crianças e jovens
sobre os conteúdos "online", seguindo-se “os conteúdos violentos,
agressivos, cruéis ou sangrentos”.
Sobre o que “perturba particularmente crianças e jovens”, o relatório
aponta a “violência real (ou realista), mais do que a ficcional, e a
violência contra os mais vulneráveis como crianças ou animais”.
A preocupação dos mais novos com riscos na internet aumenta significativamente entre os 9 e os 12 anos.
“As crianças mais novas estão mais preocupadas com riscos de conteúdo
e, à medida que crescem, preocupam-se mais com riscos sobre condutas e
contactos”, adianta o relatório baseado no trabalho desenvolvido por
mais de 150 investigadores de 33 países, entre os quais Portugal.
.
Os investigadores concluem que a probabilidade de beneficiar do uso
da internet depende da idade, género e estatuto socioeconómico, da forma
como os pais apoiam e do conteúdo positivo que está à disposição.
Advertem ainda que, “quando o uso da internet aumenta, são precisos
ainda maiores esforços para prevenir que o risco também aumente”.
Mas a probabilidade de um risco resultar em dano também depende do
papel de pais, da escola e dos pares, e da regulação nacional, da
provisão de conteúdos, dos valores culturais e do sistema de educação,
acrescentam.
A Universidade Nova de Lisboa refere em comunicado que “um dos
objetivos fundamentais do projeto foi garantir um diálogo ativo com
decisores para assegurar que as políticas de segurança são definidas com
base em evidências”.
Os investigadores procuraram obter “um retrato claro do que as
crianças fazem e sentem de facto acerca da internet, e o que lhes causa
danos, de forma a informar políticas e medidas prescritivas”,
acrescenta.
* Todos os jovens de todas as eras estiveram expostos às solicitações que lhes chegavam do exterior. Com a chegada da super tecnologia informática sentimos a internet como uma extraordinária ferramenta e ou se faz bom ou mau uso dela, um martelo serve para pregar mas pode rachar a cabeça duma pessoa.
Os jovens ou têm educadores com bom senso e amor ou serão criaturas absorventes de valores errados seja qual for o dinheiro que tenham no bolso.
A Net não é por si só, má!
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