HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Deterioração das condições materiais
de vida explicam perda do bem-estar
em Portugal desde 2012
A queda do índice que mede o bem-estar em Portugal
explica-se, sobretudo, pelo decréscimo das condições materiais de vida.
Os domínios respeitantes ao trabalho e remuneração, e vulnerabilidade
económica, registaram as evoluções mais negativas.
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Entre 2004 e 2012, o índice que mede o
bem-estar em Portugal cresceu a uma média de 0,9% ao ano. No entanto, os
dados preliminares relativos a 2013 projectam um pequeno decréscimo do
índice, tal como aconteceu em 2012.
De acordo com o estudo "Índice de Bem-estar para Portugal", realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) pelo segundo ano consecutivo, os domínios de saúde, educação e ambiente foram os que evoluíram de forma mais positiva, ao passo que os domínios respeitantes ao trabalho e remuneração e vulnerabilidade económica foram os que registaram os maiores decréscimos.
O estudo do INE, divulgado esta terça-feira, mostra que o índice de bem-estar em Portugal atingiu os 108,6 pontos em 2011, reduziu-se para os 107,5 pontos em 2012, e deverá ter baixado, no ano passado, para os 107,2 pontos.
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Contudo, as duas perspectivas de análise – traduzidas através dos índices de condições materiais de vida e de qualidade de vida – evoluíram em sentidos opostos: enquanto o índice que explica a evolução das condições materiais de vida registou uma evolução negativa, atingindo os 85,4 pontos em 2012, o índice relativo à evolução da qualidade de vida apresentou uma evolução continuamente positiva, atingindo, em 2012, os 117 pontos.
Os dados preliminares de 2013 reforçam esse contraste. O índice que mede as condições materiais de vida registou um novo agravamento com uma desvalorização de 17 pontos percentuais entre 2004 e 2013. "Dada a forte associação existente entre muitas das variáveis que compõem este indicador sintético e o funcionamento do sistema económico, a sua evolução reflecte o baixo crescimento da economia no período pré-crise e é particularmente sensível aos efeitos do aprofundamento da crise económica", explica o Instituto Nacional de Estatística.
Entre os vários domínios que compõem o índice das condições materiais de vida, o domínio de trabalho e remuneração foi a componente do bem-estar que registou uma evolução mais desfavorável, devido essencialmente ao aumento do desemprego, que se acentuou a partir de 2009.
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Também a vulnerabilidade económica apresentou uma evolução desfavorável ao longo do período em estudo," traduzindo uma progressiva vulnerabilidade das famílias fortemente induzida pelo afastamento das mesmas do mercado de trabalho, pelos elevados níveis de endividamento e pela intensificação da dificuldade em pagar os compromissos assumidos com a habitação", justifica o INE. Já o domínio de bem-estar económico registou um crescimento significativo até ao início da actual crise económica, invertendo essa tendência após 2010.
Por outro lado, a qualidade de vida melhorou devido, sobretudo, a três domínios: a educação, a saúde e o ambiente.
* Mas o governo e os deputados da maioria insistem que o país está melhor, eles não leem as notícias?
De acordo com o estudo "Índice de Bem-estar para Portugal", realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) pelo segundo ano consecutivo, os domínios de saúde, educação e ambiente foram os que evoluíram de forma mais positiva, ao passo que os domínios respeitantes ao trabalho e remuneração e vulnerabilidade económica foram os que registaram os maiores decréscimos.
O estudo do INE, divulgado esta terça-feira, mostra que o índice de bem-estar em Portugal atingiu os 108,6 pontos em 2011, reduziu-se para os 107,5 pontos em 2012, e deverá ter baixado, no ano passado, para os 107,2 pontos.
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Contudo, as duas perspectivas de análise – traduzidas através dos índices de condições materiais de vida e de qualidade de vida – evoluíram em sentidos opostos: enquanto o índice que explica a evolução das condições materiais de vida registou uma evolução negativa, atingindo os 85,4 pontos em 2012, o índice relativo à evolução da qualidade de vida apresentou uma evolução continuamente positiva, atingindo, em 2012, os 117 pontos.
Os dados preliminares de 2013 reforçam esse contraste. O índice que mede as condições materiais de vida registou um novo agravamento com uma desvalorização de 17 pontos percentuais entre 2004 e 2013. "Dada a forte associação existente entre muitas das variáveis que compõem este indicador sintético e o funcionamento do sistema económico, a sua evolução reflecte o baixo crescimento da economia no período pré-crise e é particularmente sensível aos efeitos do aprofundamento da crise económica", explica o Instituto Nacional de Estatística.
Entre os vários domínios que compõem o índice das condições materiais de vida, o domínio de trabalho e remuneração foi a componente do bem-estar que registou uma evolução mais desfavorável, devido essencialmente ao aumento do desemprego, que se acentuou a partir de 2009.
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Também a vulnerabilidade económica apresentou uma evolução desfavorável ao longo do período em estudo," traduzindo uma progressiva vulnerabilidade das famílias fortemente induzida pelo afastamento das mesmas do mercado de trabalho, pelos elevados níveis de endividamento e pela intensificação da dificuldade em pagar os compromissos assumidos com a habitação", justifica o INE. Já o domínio de bem-estar económico registou um crescimento significativo até ao início da actual crise económica, invertendo essa tendência após 2010.
Por outro lado, a qualidade de vida melhorou devido, sobretudo, a três domínios: a educação, a saúde e o ambiente.
* Mas o governo e os deputados da maioria insistem que o país está melhor, eles não leem as notícias?
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