Militares são desconsiderados "há
largos anos" pelo poder político
A organização salienta que os oficiais estão "conscientes da situação crítica em que o país se encontra"
A
Associação dos Oficiais das Forças Armadas (AOFA) considera que a
instituição militar é "desconsiderada e discriminada" há "largos anos"
pelo poder político e acusa as chefias de desempenharem um papel
"manifestamente insuficiente".
Num documento de balanço sobre "as principais questões que afectam os militares e a condição militar", o Conselho Deontológico da AOFA, presidido pelo almirante Castanho Paes, refere que "o descontentamento e desmotivação dos militares ascendeu a níveis muito preocupantes, com reforçada incidência nos oficiais".
.
Como principais motivos dessa insatisfação este órgão aponta o "afastamento progressivo das remunerações em relação às categorias profissionais de referência", a "degradação" da saúde militar ou do fundo de pensões das Forças Armadas e as alterações "insidiosas" ao Regulamento de Disciplina Militar.
"A actuação dos órgãos de Estado parece fazer crer que se pretende que o militar jure defender a Pátria com o sacrifício da própria vida, enquanto a sua situação social e a da sua família se agrava continuamente, e que se espere placidamente que o patriotismo tudo resolva, quando permite que se aprofundem clamorosas desigualdades sociais entre membros das várias instituições que participam na acção estratégica do Estado", sustenta o Conselho Deontológico da AOFA.
A organização salienta que os oficiais estão "conscientes da situação crítica em que o país se encontra" e "não pretendem eximir-se aos sacrifícios", mas "legitimamente entendem que a repartição dos sacrifícios pelos cidadãos deveria ser universal e mais justamente distribuída".
"Por mais que os representantes dos sucessivos poderes políticos que têm dirigido os destinos de Portugal, após a instituição do regime democrático, procurem esforçar-se por tentar provar o contrário, através de declarações públicas e artigos nos órgãos de comunicação social, num bem concertado enquadramento político, o facto é que se tem efectivamente verificado uma degradação progressiva da Instituição Militar nacional, com perigosas consequências na capacidade de defesa militar do país", pode ler-se.
As chefias militares também são visadas neste balanço do Conselho Deontológico da AOFA: "As suas diligências têm sido manifestamente insuficientes e pouco eficazes, mormente desde que a escolha dos chefes militares passou a ser, por alteração da Lei da Defesa Nacional, uma competência exclusiva do governo, na proposta ao Presidente da República".
* Nas Forças Armadas deste país existe "O" problema de haver mais generais do que índios. O "zé soldado" foi sempre um verbo de encher, o sargento foi sempre o intermediário do autoritarismo oriundo do oficialato, nada disto em defesa do país, então em defesa de quem ou de que bolsos?
Num documento de balanço sobre "as principais questões que afectam os militares e a condição militar", o Conselho Deontológico da AOFA, presidido pelo almirante Castanho Paes, refere que "o descontentamento e desmotivação dos militares ascendeu a níveis muito preocupantes, com reforçada incidência nos oficiais".
.
Como principais motivos dessa insatisfação este órgão aponta o "afastamento progressivo das remunerações em relação às categorias profissionais de referência", a "degradação" da saúde militar ou do fundo de pensões das Forças Armadas e as alterações "insidiosas" ao Regulamento de Disciplina Militar.
"A actuação dos órgãos de Estado parece fazer crer que se pretende que o militar jure defender a Pátria com o sacrifício da própria vida, enquanto a sua situação social e a da sua família se agrava continuamente, e que se espere placidamente que o patriotismo tudo resolva, quando permite que se aprofundem clamorosas desigualdades sociais entre membros das várias instituições que participam na acção estratégica do Estado", sustenta o Conselho Deontológico da AOFA.
A organização salienta que os oficiais estão "conscientes da situação crítica em que o país se encontra" e "não pretendem eximir-se aos sacrifícios", mas "legitimamente entendem que a repartição dos sacrifícios pelos cidadãos deveria ser universal e mais justamente distribuída".
"Por mais que os representantes dos sucessivos poderes políticos que têm dirigido os destinos de Portugal, após a instituição do regime democrático, procurem esforçar-se por tentar provar o contrário, através de declarações públicas e artigos nos órgãos de comunicação social, num bem concertado enquadramento político, o facto é que se tem efectivamente verificado uma degradação progressiva da Instituição Militar nacional, com perigosas consequências na capacidade de defesa militar do país", pode ler-se.
As chefias militares também são visadas neste balanço do Conselho Deontológico da AOFA: "As suas diligências têm sido manifestamente insuficientes e pouco eficazes, mormente desde que a escolha dos chefes militares passou a ser, por alteração da Lei da Defesa Nacional, uma competência exclusiva do governo, na proposta ao Presidente da República".
* Nas Forças Armadas deste país existe "O" problema de haver mais generais do que índios. O "zé soldado" foi sempre um verbo de encher, o sargento foi sempre o intermediário do autoritarismo oriundo do oficialato, nada disto em defesa do país, então em defesa de quem ou de que bolsos?
.
Sem comentários:
Enviar um comentário