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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Ministra diz que assumir directamente
as florestas é reconhecimento
da importância do sector
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, disse
hoje que a falta de substituição do secretário de Estado das Florestas
"não é nenhuma desvalorização do sector, antes pelo contrário".
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"Não tenho memória de nenhum ministro
que tenha assumido directamente a área das florestas e é isso que me
proponho fazer. Muito me agrada e honra assumir o sector florestal, que é
um sector com muito trabalho feito, grande potencial e enormes desafios
e cá estamos para os agarrar", afirmou à Lusa, durante uma visita à
Adega Campolargo, em Anadia.
A SANTA DO GALHO |
Assunção Cristas disse lamentar a saída do Governo do professor Gomes
da Silva, realçando as suas qualidades profissionais e humanas, mas
entender mais conveniente assumir ela própria a responsabilidade do
sector.
"Lamento que ele tenha saído mas, perante essa circunstância, o que
entendo mais conveniente nesta altura é poder assumir directamente a
generalidade das matérias e uma ou outra poder delegar", justificou.
Comentando as reacções após ser conhecida a demissão do secretário de
Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, a ministra disse
compreendê-las: "Quando há alguma mudança há sempre algum clima de
instabilidade por se pensar como vai correr, mas o que posso dizer é que
estou preparada e o meu gabinete está-se a preparar, com gente
conhecedora do sector, para podermos continuar o excelente trabalho que
vinha sendo feito".
O deputado socialista Miguel Freitas considerou na quinta-feira a
demissão do secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural
"preocupante" e reveladora da "desvalorização" que o sector florestal
tem merecido do actual Governo.
O secretário de Estado foi exonerado a seu pedido, segundo o
Ministério da Agricultura e Mar, e as suas funções "serão assumidas
internamente" pela ministra e restante equipa, que fica assim reduzida a
três secretários de Estado (Agricultura, Mar e Alimentação e
Investigação Agro-alimentar).
* Pobre floresta, sorte madrasta, pior que a ministra Assunção não deve haver não!
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