ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
"VISÃO"
Denunciados ataques sexuais a mulheres
. durante protestos em Hong Kong
Mulheres que participam nos protestos pró-democracia em Hong Kong
estão a ser alvo de agressões sexuais e assédio, segundo manifestantes e
a Amnistia Internacional, com a violência a estalar em dois
movimentados distritos comerciais da Região Administrativa Especial
chinesa.
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A Amnistia Internacional acusou a polícia de Hong Kong de "falhar no
seu dever" de proteger os manifestantes da violência que eclodiu ao
final da tarde de sexta-feira, afirmando que mulheres e raparigas estão a
ser alvo de ataques.
Os ataques em causa são "agressões sexuais, assédio e intimidação",
refere a organização de defesa dos direitos humanos em comunicado,
indicando que os incidentes se reportam aos bairros comerciais de Mong
Kok e Causeway Bay.
Os ataques surgiram depois de a polícia ter falhado em controlar os
grupos que se opõem ao movimento estudantil e ao `Occupy` e que
atacaram, com recurso a violência, os manifestantes na tarde de
sexta-feira.
Uma jovem manifestante contactada pela agência AFP, que se encontrava
em Causeway Bay, disse que três amigas suas foram atacadas por um homem
anti-Occupy, cujos apoiantes prometeram permanecer nas ruas até que as
suas reivindicações sejam atendidas.
Três jovens choravam quando se preparavam para entrar para uma carrinha da polícia.
"Estamos a levar a cabo mais investigações -- estas raparigas dizem
que foram indecentemente atacadas", disse o agente no local à agência
noticiosa francesa.
A Amnistia disse que uma mulher que estava presente aquando dos confrontos em Mong Kok também foi alvo de ataque.
"Um homem apalpou-lhe os seios enquanto ela estava sentada com outros
manifestantes cerca das 04:00 (09: em Lisboa), disse a organização em
comunicado.
"Ela também viu o mesmo homem a atacar outras duas mulheres, tocando
nas suas virilhas", quando manifestantes intervieram, acrescenta a
Amnistia.
O clima mantinha-se hoje tenso nos locais das manifestações em Hong
Kong, com receios relativamente a novas represálias, com os jornalistas a
serem apontados também como alvo das mesmas.
* Os grupos que se opõem ao movimento estudantil são forjados pelo governo de Pequim.
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