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Ryanair:
"A Vinci não está a deixar Lisboa crescer"
Michael O'Leary considera que Portugal é um dos países com maior
potencial de crescimento na rede da companhia de baixo custo irlandesa
Ryanair. Porém, o CEO acusa a Vinci - concessionária dos aeroportos
portugueses - de "impedir o crescimento de Lisboa, propositadamente,
para que não tenha de investir num segundo aeroporto, mal atinja os 20
milhões de passageiros" de tráfego.
"Lisboa está com cerca
de metade do tráfego que devia ter. Se Dublin, que tem menos população,
tem 20 milhões de passageiros, Lisboa tem quase o dobro dos habitantes e
está com apenas, salvo erro, 12 milhões de passageiros", apontou
O'Leary.
A concessão dos aeroportos portugueses "apenas substituiu
o monopólio do Estado por um monopólio privado", acusa o CEO, que diz
querer investir mais em Portugal, se o deixarem.
"Estamos em
negociações para iniciar operação nos Açores, se possível no verão de
2015, visto que temos dois aviões que ainda não foram alocados e seriam
utilizados para esse destino", adiantou o gestor. A decisão depende "de
abrirem o monopólio existente, dos custos do aeroporto e dos custos de
handling, que ainda são muito elevados nos Açores".
Michael
O'Leary estima que, só com tráfego doméstico, ou seja, ligando os Açores
a Lisboa e Porto ("possivelmente, duas frequências para Lisboa e uma
para o Porto, para começar"), o novo destino pudesse significar 300 mil
passageiros domésticos no primeiro ano.
O CEO da Ryanair esteve
hoje no Porto, numa conferência de imprensa, para anunciar duas novas
rotas, para Berlim e Hamburgo, bem como os dois voos diário entre Lisboa
e Porto, que já tinham sido anunciados, a partir do próximo dia 26 de
outubro. Durante um período limitado, até quinta-feira à meia noite, há
bilhetes Lisboa-Porto a 9,99 euros.
* A acusação de Michael O'Leary faz sentido, mais uma argolada no que toca a privatizações efectuadas por este governo.
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