HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Governo brasileiro diz que Oi
sofreu desfalque com caso Rioforte
Ministro das comunicações daquele país afirmou que o
'default' da Rioforte azedou as relações entre a PT e a Oi e que poderá
ter sido por essa razão que a Oi ficou de fora do leilão de quarta
geração móvel.
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O ministro das Comunicações brasileiro, Paulo Bernardo,
afirmou hoje que a operadora Oi sofreu um "desfalque" no processo de
fusão com a PT, devido ao 'default' de 900 milhões de euros em papel
comercial da Rioforte e que esta situação pode ter levado a que a
empresa ficasse de fora do leilão de quarta geração móvel lançado
recentemente pelo governo brasileiro.
Bernardo afirmou, citado pela Reuters, que "deram um desfalque na
empresa. Fizeram um empréstimo pouco antes da empresa quebrar".
O 'default' azedou a relação entre a PT e os brasileiros e ainda com
Zeinal Bava, que na passada semana apresentou a renúncia às suas funções
de presidente-executivo na Oi.
"Não podemos ignorar e talvez isso teve como consequência a não
participação da Oi no leilão, o que acho negativo para a empresa", disse
Bernardo durante debate na feira de telecomunicaçoes Futurecom.
Governo não vai ajudar Oi
Apesar de falar de "desfalque", Bernardo garantiu que o governo
brasileiro não tem nenhum plano para ajudar a operadora de
telecomunicações Oi, que está, alegadamente, em dificuldades
financeiras.
Ainda assim afirmou que vai reunir com a direcção da operadora possivelmente ainda esta semana.
"O pessoal da Oi me ligou, querem falar comigo, e mandei marcar ( a audiência) e vou ouvi-los. Não sei do que se trata" afirmou.
Relativamente a um eventual pedido de ajuda financeira, Bernardo
disse que "se a empresa quiser vai discutir isso lá no BNDES, que
inclusive é accionista dela". O BNDES é o banco estatal brasileiro que é
investidor na operadora que está em processo de fusão com a PT.
O ministro considerou ainda como naturais os movimentos de
consolidação no Brasil, nomeadamente o facto da Oi ter mandatado o BTG
Pactual para estudar a compra de 66,7% da Telecom Italia na TIM, que não
faz parte das suas funções incentivas ou discutir esse tipo de
transações mas que o movimento é natural em todos os sectores.
"Só se fala nisso. Mas se alguém achar que tem que se fundir, como a
Telefónica que adquiriu a GVT, então nós vamos analisar um caso
concreto. Agora, eu não sou corretor de telefónicas, não vou discutir se
tem que comprar, se fundir. Eu acho que empresas comprarem umas às
outras, ou se fundirem, é uma coisa inerente (ao negócio), acontece no
mercado. Isso tem que ser feito de acordo com a legislação, tem que ser
observada principalmente a lei da concorrência e preservar a competição
no sector. Temos que examinar cada caso", afirmou.
Sobre a importância do leilão de quarta geração móvel, o ministro
disse achar que "nos próximos quatro, no máximo cinco anos, a modalidade
de serviço móvel que vai prevalecer será o 4G. Vejo claramente que nos
grandes centros urbanos, e em muitas cidades do interior, o que vai
predominar é o 4G. Ficar fora disso é péssimo. Eu acho que é um risco
para a empresa ficar fora".
A Reuters avançou ainda, na semana passada, que o governo federal já
começou a trabalhar no cenário de redução de quatro para três no número
de grandes operadoras de telecomunicações no mercado brasileiro.
* 900 milhões de "granadeuros" é obra..
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