HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Teodora Cardoso:
Mais investimento terá de ser
. compensado com menos consumo
. compensado com menos consumo
A presidente do Conselho de Finanças Públicas chama a atenção para a
necessidade de fazer acompanhar mais investimento com a redução do peso
do consumo para não agravar a elevada dívida externa do país, uma das
mais altas do mundo.
Portugal precisa de investimento para sustentar um
novo ciclo de crescimento económico, o que significa que terá de
importar mais, designadamente bens de equipamento. Mas em face da
elevada dívida externa que persiste – 234% do PIB, segundo os mais
recentes dados do Banco de Portugal – é preciso que o acréscimo de
investimento seja compensado por uma redução do consumo (também ele com
uma forte componente de importações), de modo a não agravar o
desequilíbrio externo do país. O alerta foi deixado nesta segunda-feira,
27 de Outubro, por Teodora Cardoso, presidente do Conselho de Finanças
Públicas, numa sessão pública de apresentação do mais recente relatório
económico da OCDE sobre Portugal.
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"Para que o investimento cresça e não agrave a
dívida externa é preciso que se reduza o peso no PIB do consumo, público
e privado", afirmou a presidente, ao voltar a alertar que "o consumo
como ‘driver’ do crescimento não funciona".
"Portugal tem uma dívida externa muito elevada, de
234% do PIB. Em 2008, antes da crise, já era de 200%. Não foi a crise
(financeira) que provocou a dívida externa, foi o grau de endividamento
de todos os sectores [Estado, empresas, banca e famílias] sobretudo
junto do exterior", afirmou a economista. Num contexto de elevado
endividamento, é preciso – disse - incentivar o investimento directo
estrangeiro e o acesso aos mercado de capitais como alternativas ao
tradicional financiamento bancário.
Perante uma plateia em que figuravam, entre
outros, Cristina Casalinho, presidente do IGCP, e Braga de Macedo e
Silva Lopes, ambos ex-ministros das Finanças, a presidente do CPF
criticou a tendência de sucessivos Governos ignorarem o que foi feito
pelos anteriores, insistindo ser fundamental para o país que se
implementem políticas (orçamentais, fiscais, sociais, de reforma do
mercado trabalho, por exemplo) consistentes e continuadas, para que, no
mínimo, se possam avaliar os resultados face aos esperados e oferecer um
quadro de relativa estabilidade aos agentes económicos. "É mais
importante um regime fiscal simples e estável do que o valor da taxa do
imposto", ilustrou.
* Este governo anda a enganar os portugueses quando diz que Portugal está melhor, conseguiu a proeza de elevar a nossa dívida externa para 234% do PIB, este número é o verdadeiro cancro português.
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