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Uma das atividades mais famosas dos Sanfermines é o encierro,
que consiste numa corrida de touros ao longo de um percurso de 849
metros por três ruas do centro histórico de Pamplona, que culmina na praça de touros da cidade.
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TEXTO: "WIKIPÉDIA"
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TANTO PARA
REZAR, COMO
DESBUNDAR
SANFERMINAK
As Festas de São Firmino, Fiestas de San Fermín ou, mais popularmente e de forma praticamente oficial, Sanfermines; em basco: Sanferminak) são as festas em honra a São Firmino, que se realizam em Pamplona, no norte de Espanha, todos os anos entre 6 e 14 de julho. São Firmino foi um santo natural da cidade, padroeiro da diocese e co-padroeiro de Navarra.
Os festejos começam dia 6 de julho, ao meio-dia em ponto, com o chupinazo (lançamento de foguete) da sacada do Palácio Consistorial (sede do governo municipal), e terminam à meia-noite de 14 de julho com a canção de despedida “Pobre de Mí”.
1-PEREGRINOS |
Os encierros
realizam-se todos os dias entre 7 e 14 de julho às 8 horas da manhã e
normalmente duram três a quatro minutos. Entre 1922 e 2009 morreram 15
pessoas nos encierros dos Sanfermines.
As festas têm origem antiga, de séculos, mas a sua fama mundial é um fenómeno mais recente, da primeira metade do século XX. O escritor norte-americano Ernest Hemingway foi um dos que mais contribuíram para propagar essa fama com seu livro “The Sun Also Rises”, cuja maior parte da narrativa decorre em Pamplona durante os Sanfermines.
É uma das festa de Espanha mais célebres a nível mundial, que frequentemente é mencionada em listas de "festas a não perder" ou "festas mais impressionantes do mundo",e atrai à cidade (que tem cerca de 200 000 habitantes) mais de um milhão em meio de visitantes.
MUITA FÉ |
É uma das festa de Espanha mais célebres a nível mundial, que frequentemente é mencionada em listas de "festas a não perder" ou "festas mais impressionantes do mundo",e atrai à cidade (que tem cerca de 200 000 habitantes) mais de um milhão em meio de visitantes.
Origens das festas
As festas têm origem na combinação de dois eventos medievais distintos. As feiras comerciais seculares realizavam-se no início do verão. Como os comerciantes de gado iam para a cidade com os seus animais, começaram a organizar-se touradas e tornaram-se parte da tradição.
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QUE TOURADA!
Os registos mais antigos dessas touradas são do século XIV. As cerimónias religiosas em honra ao santo tinham lugar em 10 de outubro, como acontecia em Amiens.As festas de verão, de caráter cada vez mais profano, tinham lugar em 25 de julho, dia do apósolo Santiago Maior, quando o clima era mais propício para essas atividades do que outubro. No final do século XVI as autoridades civis solicitaram à Igreja que o dia de São Firmino fosse transferido para 7 de julho, o dia de uma grande feira. O pedido que foi aprovado pelo sínodo da diocese local em 1590, quando era bispo Bernardo de Rojas y Sandoval. Esta mudança de data é considerada o início dos Sanfermines, que foram realizados pela primeira vez em julho no ano de 1591.
A institucionalização mais definitiva da componente religiosa das festas ocorreu em 1717, com a inauguração da capela do santo em São Lourenço. Durante a Idade Média, os eventos festivos incluíam um discurso de abertura, música, torneios, teatro, touradas, danças e fogo de artifício e duravam dois dias.
As primeiras menções a uma praça de touros surge em crónicas dos séculos XVII e XVIII, juntamente com a presença de estrangeiros e as preocupações com abuso de consumo de bebida alcoólicas e comportamentos dissolutos durante as festas. Por ainda não existirem as cercas que atualmente são montadas no percurso do encierro, por vezes havia touros que se escapavam para outras ruas.
A primeira praça de touros permanente e oficial foi construída em 1844 ou 1852. Antes disso, as touradas decorriam na Praça do Castelo.
Por ordem do vice-rei, os ganadeiros navarros eram obrigados a entregar
os seus melhores touros para as Festas de São Firmino. Em 1683 foi
construída na Praça do Castelo a Casa de los Toriles ("Casa dos Touris"), onde os animais que participavam na tourada da tarde eram guardados até serem lidados. Durante alguns anos, a tourada foi realizada na Praça do Vínculo e não na Praça do Castelo.Na primeira metade do século XIX e até ser inaugurada a primeira praça de touros fixa, as touradas começaram a ser realizadas em praças de touros desmontáveis.
Em 1754 e 1758 as touradas estiveram proibidas em Espanha devido a
vários motivos, como a escassez de carne, mas o Ayuntamiento de Pamplon
conseguiu que fosse aberta uma exceção para as touradas dos Sanfermines
alegando que havia carne de sobra em Navarra. Durante a Guerra da Independência Espanhola (Guerra Peninsular), no início do século XIX, não se houve festas, apenas se realizando as tradicionais Vésperas (Vísperas) em honra de São Firmino com a presença das autoridades municipais.
2-PEREGRINOS |
MAIS EXPRESSÕES DE FÉ |
Não se sabe em que altura começaram a ser feitos encierros. O médico forense pamplonês conhecido como "o historiador do encierro" concordava com a afirmação dos regedores de 1787 que «o espetáculo de correr touros é tão antiga em Pamplona que não se descobre o princípio».
Inicialmente, os touros eram levados para a cidade de madrugada pelos açougueiros, que eram acompanhados a cavalo por representantes do município. Após a construção do touril na Praça do Castelo, no último quartel do século XVII, os touros começaram a ser levados pelas ruas pelos jovens pamplonicas (pamploneses) desde extramuros. O percurso destes primeiros encierros entrava na cidade pela porta de Rochapea e percorria a rua de Santo Domingo, Praça da Fruta e rua do Chapitel antes de chegar à Praça do Castelo.
ALEGRIA E RELIGIOSIDADE |
Inicialmente, os touros eram levados para a cidade de madrugada pelos açougueiros, que eram acompanhados a cavalo por representantes do município. Após a construção do touril na Praça do Castelo, no último quartel do século XVII, os touros começaram a ser levados pelas ruas pelos jovens pamplonicas (pamploneses) desde extramuros. O percurso destes primeiros encierros entrava na cidade pela porta de Rochapea e percorria a rua de Santo Domingo, Praça da Fruta e rua do Chapitel antes de chegar à Praça do Castelo.
A tradição dos participantes no encierro entoarem três vezes a canção “A San Fermín pedimos...” para pedir a proteção do santo foi iniciada em 1962. A canção é um trecho do hino da La Única a mais peña sanferminera mais antiga de Pamplona.
A comparsaria de gigantones e cabeçudos, que desfila todos os dias de festa foi criada em meados do século XIX, retomando uma tradição de gigantones e cabeçudos nas festas que remonta pelo menos à primeira década do século XVII, mas que foi interrompida em 1780 porque o rei Carlos III de Espanha proibiu que participassem em procissões por constituírem uma distração pra a fé.
UMA SANTA |
O traje sanferminero ou de pamplonica
Manda a tradição, que apesar de não ser tão antiga como isso, é
respeitada pela esmagadora maioria de quem acorre aos Sanfermines, tanto
pamploneses como forasteiros e estrangeiros, que se vá para as festas
vestido de pamplonica, ou seja, de camisa e calças ou saia
brancas, com um lenço ao pescoço e com uma faixa vermelha na cintura,
geralmente com franjas.
É também tradição calçar alpercatas de pano brancos com sola de esparto, que são atados com fitas vermelhas no fundo das pernas, mas esta tradição tem vindo a ser abandonada em favor de calçado desportivo mais confortável. Quando o tempo está mais frio, é tradição que se vista um casaco vermelho. O traje é também chamado o "uniforme das festas". O mesmo tipo de roupa é muito comum nas festas da zona central e meridional de Navarra. O lenço ao pescoço é quase sempre vermelho, muitas vezes com a figura de São Firmino bordada ou com o escudo de Pamplona ou de Navarra, mas os membros de algumas peñas usam outras cores e o emblema da sua peña — os da peña La Única são verdes e os das peña La jarana e El Txako são azuis.
As multidões vestidas de branco e vermelho produzem um forte efeito visual, algo que provavelmente também está na origem da adoção do traje. Não se sabe exatamente como começou a tradição, mas há várias teorias. Para alguns, quem criou o traje sanferminero foram os sócios da peña La Veleta. Esta peña, fundada em 1931 por gente humilde, na sua maior parte operários, pretendiam ter uma espécie de uniforme que os identificasse e os distinguisse de outras associações. Uma vestimenta branca era fácil de conseguir e acessível a todas as bolsas, além de que, com os adereços vermelhos, ser muito vistosa e chamativa.
Isso deve ter ajudado a
popularizar o traje, que se estendeu ao resto das festas, tendo-se
generalizado o seu uso na década de 1960. Há estudiosos que relacionam o
traje de pamplonica com a roupa dos txistularis (flautistas) de Biarritz, embora estes usem uma boina vermelha, com os joteros que atuavam no Teatro Gayarre nos anos 1930, ou ainda com os pelotaris (jogadores de pelota basca).
UM MÁRTIR |
É também tradição calçar alpercatas de pano brancos com sola de esparto, que são atados com fitas vermelhas no fundo das pernas, mas esta tradição tem vindo a ser abandonada em favor de calçado desportivo mais confortável. Quando o tempo está mais frio, é tradição que se vista um casaco vermelho. O traje é também chamado o "uniforme das festas". O mesmo tipo de roupa é muito comum nas festas da zona central e meridional de Navarra. O lenço ao pescoço é quase sempre vermelho, muitas vezes com a figura de São Firmino bordada ou com o escudo de Pamplona ou de Navarra, mas os membros de algumas peñas usam outras cores e o emblema da sua peña — os da peña La Única são verdes e os das peña La jarana e El Txako são azuis.
As multidões vestidas de branco e vermelho produzem um forte efeito visual, algo que provavelmente também está na origem da adoção do traje. Não se sabe exatamente como começou a tradição, mas há várias teorias. Para alguns, quem criou o traje sanferminero foram os sócios da peña La Veleta. Esta peña, fundada em 1931 por gente humilde, na sua maior parte operários, pretendiam ter uma espécie de uniforme que os identificasse e os distinguisse de outras associações. Uma vestimenta branca era fácil de conseguir e acessível a todas as bolsas, além de que, com os adereços vermelhos, ser muito vistosa e chamativa.
A HEREJE |
Uma peça de grande no vestuário sanferminero é o lenço, que na sua versão mais usada, vermelha, é o emblema das festas pamplonesas — «é imprescindível para se integrar plenamente no ambiente sanferminero».
A tradição manda que se coloque ao pescoço pouco depois do chupinazo que inaugura as festas, nunca antes, e que se retire após o “Pobre de mí”, a última celebração das festas. O seu significado e simbolismo é controverso, havendo várias versões. Ao certo sabe-se que a sua tradição é anterior ao traje branco. O vermelho do lenço poderá ser uma recordação do martírio de São Firmino, simbolizando o sangue do santo. Nas cerimónias religiosas em honra de santos que foram mártires, os padres costumam vestir-se de vermelho e o lenço poderia traduzir esse costume.
Outra teoria é de que o vermelho evoca uma grande epidemia de peste
que assolou a cidade em 1599, que causou a morte a um terço da
população. Como remédio era posto sobre o peito dos doentes um emblema
com a representação das Cinco Chagas de Cristo.
Para alguns, o lenço vermelho simboliza essas chagas, que teriam
surtido algum efeito contra a peste, um acontecimento que desde então é
celebrado em Pamplona todas as quintas-feiras santas com o nome de "Voto das Cinco Chagas".
Outras teorias é que o vermelho representa a cor da bandeira de Navarra ou que o vermelho é supostamente a cor de incitamento dos touros. Contudo, é fortemente desaconselhado o uso da faixa da cintura e do lenço, pois são peças nas quais os cornos dos animais ficam presas com facilidade.
PACIFISTAS |
A tradição manda que se coloque ao pescoço pouco depois do chupinazo que inaugura as festas, nunca antes, e que se retire após o “Pobre de mí”, a última celebração das festas. O seu significado e simbolismo é controverso, havendo várias versões. Ao certo sabe-se que a sua tradição é anterior ao traje branco. O vermelho do lenço poderá ser uma recordação do martírio de São Firmino, simbolizando o sangue do santo. Nas cerimónias religiosas em honra de santos que foram mártires, os padres costumam vestir-se de vermelho e o lenço poderia traduzir esse costume.
AGRADECENDO AO SANTO |
Outras teorias é que o vermelho representa a cor da bandeira de Navarra ou que o vermelho é supostamente a cor de incitamento dos touros. Contudo, é fortemente desaconselhado o uso da faixa da cintura e do lenço, pois são peças nas quais os cornos dos animais ficam presas com facilidade.
TEXTO: "WIKIPÉDIA"
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