HOJE NO
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BES.
Banco dá instruções aos trabalhadores
. sobre como lidar com receios dos clientes
Os mercados esperam agora que sejam prestados esclarecimentos públicos para que regresse alguma tranquilidade.
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O
BES criou, nos últimos dias, uma página interna na qual explica aos
funcionários como devem responder aos receios dos clientes que mostram
preocupação com a situação do banco e a segurança das suas aplicações,
disseram dois trabalhadores.
Nesta página têm vindo a ser colocados esclarecimentos sobre o que se
está a passar no banco, bem como a forma como os trabalhadores do BES
devem responder às dúvidas dos clientes, nomeadamente aos receios sobre a
segurança dos depósitos.
“No meio desta confusão toda, é boa esta preocupação da administração
de amenizar e dar alguma informação interna às pessoas”, afirmou Rute
Pires, da comissão sindical do SINTAF no grupo BES, à Lusa.
João Matos, coordenador da Comissão de Trabalhadores do banco,
referiu que se trata de informação interna sobre a “relação do BES com
os clientes”, que procura dar uma resposta à forma “como as perguntas
dos clientes devem ser abordadas”.
Já sobre o que se passa em outras empresas do Grupo Espírito Santo
(GES), João Matos disse que não há qualquer informação: “Sobre as outras
empresas do grupo não nos devemos pronunciar”.
A situação do GES e os receios em torno da sua solidez penalizaram
hoje fortemente a bolsa portuguesa, que fechou a cair mais de 4%, e
afetaram também as praças europeias, sobretudo dos países periféricos,
que também fecharam em terreno negativo.
Os títulos do BES foram suspensos ao final da manhã de hoje pelo
regulador do mercado, a CMVM, depois do Espírito Santo Financial Group
(ESFG) ter pedido ao início da manhã a suspensão da negociação de ações e
obrigações em Lisboa e no Luxemburgo.
Os títulos do ESFG negociaram hoje pela última vez às 09:02, altura
em que seguiam a perder 8,9% para 1,19 euros, enquanto os do BES perdiam
mais de 17%, a valer 0,51 euros, aquando a suspensão.
Os mercados esperam agora que sejam prestados esclarecimentos públicos para que regresse alguma tranquilidade.
Os receios adensaram-se depois de, nos últimos dias, se ter conhecido
que o Banque Privée Espírito Santo, na Suíça, estava em incumprimento
no reembolso a alguns clientes que tinham aplicações em dívida da
Espírito Santo International (ESI).
Nesta empresa de topo do GES, que controla o Espírito Santo Financial
Group, ESFG (que, por sua vez, controla a área financeira, em que se
inclui o banco BES e a seguradora Tranquilidade), uma auditoria detetou
que não foram registados 1,2 mil milhões de euros de dívidas nas contas
de 2012. Além disso, a ‘holding’ tem capitais próprios negativos de 2,5
mil milhões de euros, ou seja, está em falência técnica.
O Diário Económico noticiou hoje que a ESI está a avaliar um pedido
de insolvência, um cenário que - de acordo com o jornal - poderá avançar
se a empresa não conseguir chegar a um acordo com os principais
credores.
A medida permitiria avançar com um plano de reestruturação que será
aprovado pelos acionistas da ESI na Assembleia-Geral de 29 de julho,
segundo a mesma fonte.
* O sr. DDT era mesmo o dono de tudo, até da vigarice.
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