HOJE NO
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Ana Drago e ex-bloquistas
vão concorrer às legislativas
Lançámos
a bola", resumiu ontem Daniel Oliveira, apontando a urgência de um
compromisso à esquerda. "Namoro indecoroso"entre Costa e Rio é a prova
disso
Uma
"plataforma política", à procura de compromissos à esquerda para
disputar as legislativas de 2015. A associação Fórum Manifesto, que
recentemente se desvinculou do Bloco de Esquerda, deu ontem o pontapé de
saída num caminho que vai dar às eleições do próximo ano. O
pós-eleições - leia-se a possibilidade de entendimentos com o PS - é que
ficou menos clara.
"Lançámos a bola. Inicia-se aqui a construção de uma plataforma política que, se chegar a bom porto, será eleitoral, e contará seguramente com outras forças políticas e outros movimentos que já estão no terreno", resumiu Daniel Oliveira, no final de um debate promovido pela Manifesto, que ontem decorreu na Casa da Imprensa, em Lisboa. Já em declarações aos jornalistas, Ana Drago não deixou margem para dúvidas: o objectivo é levar esta plataforma "perante o voto dos portugueses". A ex-dirigente do BE ainda não fala de um novo partido - "é muito cedo para definir a forma" - mas está identificado o principal interlocutor: o Livre de Rui Tavares. Para já, a Fórum Manifesto vai repetir os debates pelo país.
Num debate com sala cheia - cerca de 100 pessoas - as intervenções centraram-se no que deve ser um compromisso de esquerda, e bem menos noutro dos pontos que tem dominado o discurso da Fórum Manifesto: ajudar à criação de soluções de governação. Da plateia - onde se identificaram militantes do Livre, do BE e do MAS (partido que nasceu de uma dissidência do BE) - ainda se perguntou com que parte do PS a futura plataforma admite entender-se. A questão ficou sem resposta. Antes, Daniel Oliveira tinha-se referido ao PS para apontar o "namoro indecoroso entre António Costa e Rui Rio" como uma "prova da urgência" de compromissos à esquerda dos socialistas. Já Ana Drago ressalvou que a disponibilidade para entendimentos não quer dizer que a futura plataforma "esteja disponível para qualquer coisinha".
Pressa e urgência num compromisso à esquerda do PS foram, aliás, duas palavras repetidas num debate que contou também com a participação dos economistas José Reis e Ricardo Paes Mamede e da investigadora Filipa Vala.
Os denominadores comuns que devem presidir a esse compromisso foram consecutivamente apontados: defesa do Estado Social, da saúde, ensino e segurança social públicos, prioridade absoluta ao emprego.
"Queremos que o pleno emprego seja o objectivo central da economia", defendeu Daniel Oliveira. Que concretizou depois: "Não é possível defender o que queremos defender e pagar a dívida tal qual está planeado e cumprir o Tratado Orçamental tal qual está planeado. Tem que se fazer escolhas e a nossa escolha é que as obrigações do Estado com os cidadãos têm primazia".
* O desfile de marchas da esquerda "inconseguida" enquanto a direita agradece.
Fotografia © Mário Cruz / Lusa |
"Lançámos a bola. Inicia-se aqui a construção de uma plataforma política que, se chegar a bom porto, será eleitoral, e contará seguramente com outras forças políticas e outros movimentos que já estão no terreno", resumiu Daniel Oliveira, no final de um debate promovido pela Manifesto, que ontem decorreu na Casa da Imprensa, em Lisboa. Já em declarações aos jornalistas, Ana Drago não deixou margem para dúvidas: o objectivo é levar esta plataforma "perante o voto dos portugueses". A ex-dirigente do BE ainda não fala de um novo partido - "é muito cedo para definir a forma" - mas está identificado o principal interlocutor: o Livre de Rui Tavares. Para já, a Fórum Manifesto vai repetir os debates pelo país.
Num debate com sala cheia - cerca de 100 pessoas - as intervenções centraram-se no que deve ser um compromisso de esquerda, e bem menos noutro dos pontos que tem dominado o discurso da Fórum Manifesto: ajudar à criação de soluções de governação. Da plateia - onde se identificaram militantes do Livre, do BE e do MAS (partido que nasceu de uma dissidência do BE) - ainda se perguntou com que parte do PS a futura plataforma admite entender-se. A questão ficou sem resposta. Antes, Daniel Oliveira tinha-se referido ao PS para apontar o "namoro indecoroso entre António Costa e Rui Rio" como uma "prova da urgência" de compromissos à esquerda dos socialistas. Já Ana Drago ressalvou que a disponibilidade para entendimentos não quer dizer que a futura plataforma "esteja disponível para qualquer coisinha".
Pressa e urgência num compromisso à esquerda do PS foram, aliás, duas palavras repetidas num debate que contou também com a participação dos economistas José Reis e Ricardo Paes Mamede e da investigadora Filipa Vala.
Os denominadores comuns que devem presidir a esse compromisso foram consecutivamente apontados: defesa do Estado Social, da saúde, ensino e segurança social públicos, prioridade absoluta ao emprego.
"Queremos que o pleno emprego seja o objectivo central da economia", defendeu Daniel Oliveira. Que concretizou depois: "Não é possível defender o que queremos defender e pagar a dívida tal qual está planeado e cumprir o Tratado Orçamental tal qual está planeado. Tem que se fazer escolhas e a nossa escolha é que as obrigações do Estado com os cidadãos têm primazia".
* O desfile de marchas da esquerda "inconseguida" enquanto a direita agradece.
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