HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
BdP expulsa família Espírito Santo do
BES e suspende três administradores
Banco central inibe direitos de voto do
Espírito Santo Financial Group no BES e suspende três membros da actual
administração: Rui Silveira, António Souto e Joaquim Goes.
O Banco de Portugal reagiu aos prejuízos históricos do BES e aos
indícios de irregularidades que as contas semestrais deixaram
transparecer com a inibição dos direitos de voto do Espírito Santo
Financial Group (ESFG) no banco.
A posição de 20% do ESFG no BES é o veículo através do qual a família
Espírito Santo exercia o controlo do banco. Inibidos os direitos de
voto associados às acções, essa posição fica assim espúria.
Carlos Costa decidiu ainda “suspender, com efeitos imediatos, os
membros dos órgãos de administração com os pelouros de auditoria,
compliance e gestão de riscos, bem como os titulares do órgão de
fiscalização”.
Esta suspensão abarca os actuais administradores Rui Silveira,
António Souto e Joaquim Goes que, de acordo com informação
disponibilizada no último relatório de ‘corporate governance’ do BES, tutelaram essas áreas.
“A substituição destes membros deverá ser assegurada por proposta dos
accionistas, com eventual cooptação pelos membros em funções”, refere o
mesmo comunicado.
O supervisor decidiu também “designar uma comissão de fiscalização
composta por quadros superiores da PricewaterhouseCoopers &
Associados até que os accionistas promovam a substituição dos membros da
Comissão de Auditoria.”
Carlos Costa solicitou ainda à gestão liderada por Vítor Bento que
apresente no “curto prazo” um plano que inclua um aumento de capital
dado que os rácios de solvabilidade do BES estão abaixo do mínimo exigido.
O banco central refere ainda que a auditoria em curso pode conduzir a
acções criminais contra membros do antigo ‘board’, nomeadamente contra
Ricardo Salgado e Amílcar Morais Pires.
“A auditoria forense determinada pelo Banco de Portugal, que já está
em curso, permitirá avaliar responsabilidades individuais, incluindo as
do anterior Presidente da Comissão Executiva, anterior administrador com
o pelouro financeiro e outros membros da Comissão Executiva que
entretanto renunciaram aos cargos exercidos. Caso se confirme a prática
de ilícitos, serao extraídas as necessárias consequências em material
contraordenacional e, porventura, criminal”, refere o documento.
* O "Banco do vigário"
.
Sem comentários:
Enviar um comentário