O QUE NÓS
RECORDAMOS!
Quando eu era criança…
Dez escritores de livros infantis recordam aquilo que liam e os brinquedos que adoravam
No dia 1 de Junho, é celebrada a infância, a primeira época da vida de
qualquer pessoa. Contudo, há pessoas que não a deixam logo para trás, e
que a revisitam para enriquecer a infância dos outros.
É o caso destes 10 escritores, a quem perguntámos quais foram os livros e
brinquedos mais queridos em crianças. Todas estas pessoas criaram obras
para o público infanto-juvenil e hoje em dia, povoam a cabeça das
nossas crianças.
Alice Vieira
71 anos
Escreveu mais de 60 livros para crianças
O livro: ‘Coração’, de Edmondo De Amicis
O brinquedo: lápis, borrachas e cadernos
“Fui criada com tios e tias e lia tudo o que havia lá na casa. Havia maus romances que faziam chorar muito, e visto que a minha infância foi muito complicada e ninguém me ligava muito, os livros eram uma tábua de salvação. O meu livro de infância foi o ‘Coração’, de Edmondo De Amicis. Era dos finais do século XIX e era um diário de um miúdo na escola primária. Ainda tenho o livro e li-o quando era muito pequena, com 7 ou 8 anos.
Também lia muitos romances de cordel, como os que as velhas têm. Um deles era o ‘John, o chaffeur russo’. Fartava-me de chorar com essa porcaria.
Como brinquedos, eu tinha bonecos, mas para mim o mais importante eram lápis de carvão, borrachas e cadernos. O que eu queria era estar num cantinho a escrever histórias cheias de erros.
Um tio deixava-me usar uma máquina de escrever Remington, quando tinha 8 ou 9 anos. Às vezes nem sabia o significado das palavras que escrevia.
Só fui para a escola quando entrei no liceu D. Filipa de Lencastre, em
Lisboa, com 10 anos. Nunca tinha brincado com ninguém. As minhas tias
diziam: não estás habituada, não vais gostar... Mas eu até inventava
aulas para ficar lá mais tempo.”
A PARTIR DE UM TRABALHO DE LEONOR RISO
IN "SÁBADO"
01/06/14
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Alice Vieira
71 anos
Escreveu mais de 60 livros para crianças
O livro: ‘Coração’, de Edmondo De Amicis
O brinquedo: lápis, borrachas e cadernos
“Fui criada com tios e tias e lia tudo o que havia lá na casa. Havia maus romances que faziam chorar muito, e visto que a minha infância foi muito complicada e ninguém me ligava muito, os livros eram uma tábua de salvação. O meu livro de infância foi o ‘Coração’, de Edmondo De Amicis. Era dos finais do século XIX e era um diário de um miúdo na escola primária. Ainda tenho o livro e li-o quando era muito pequena, com 7 ou 8 anos.
Também lia muitos romances de cordel, como os que as velhas têm. Um deles era o ‘John, o chaffeur russo’. Fartava-me de chorar com essa porcaria.
Como brinquedos, eu tinha bonecos, mas para mim o mais importante eram lápis de carvão, borrachas e cadernos. O que eu queria era estar num cantinho a escrever histórias cheias de erros.
Um tio deixava-me usar uma máquina de escrever Remington, quando tinha 8 ou 9 anos. Às vezes nem sabia o significado das palavras que escrevia.
A PARTIR DE UM TRABALHO DE LEONOR RISO
IN "SÁBADO"
01/06/14
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