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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Gabinete de Orientação ao
Endividamento do Consumidor
abriu 1.126 processos em 19 meses
O Gabinete de Orientação ao Endividamento do Consumidor (GOEC)
recebeu, desde setembro de 2012, mais de 2.400 pedidos de apoio, que
resultaram na abertura de 1.126 processos, segundo dados divulgados à
agência Lusa.
O GOEC existe desde 2006, em resultado de um protocolo estabelecido
entre o Instituto Superior de Economia e Gestão e o Instituto do
Consumidor, atual Direção-Geral do Consumidor, mas viu reforçada a sua
atividade desde setembro de 2012 com a adesão à Rede de Apoio ao
Consumidor Endividado (RACE), composta atualmente por 19 entidades.
Podem recorrer a esta rede todas famílias que necessitem de apoio no âmbito da gestão do orçamento familiar e das suas dívidas.
Entre setembro de 2012 e abril de 2014, o GOEC recebeu 2.438
contactos de consumidores a pedirem ajuda e aconselhamento para
resolverem problemas de natureza financeira, que deram origem a 1.126
processos de atendimento.
“Pedem a nossa ajuda e apoio para esclarecer dúvidas sobre a melhor
forma de gerir os seus créditos, pedem-nos informações sobre a melhor
forma de apresentar um plano de renegociação das suas dívidas e
solicitam-nos que estudemos um plano de pagamentos viável”, adianta o
GOEC, numa resposta escrita à Lusa.
Refere que, “em situações limites”, os consumidores procuram
esclarecimentos sobre a forma como foram atendidos por parte de algumas
instituições financeiras de crédito e bancárias, o que pode levar o GOEC
a ajudá-los na apresentação de uma reclamação junto do Banco de
Portugal.
O gabinete indica ainda que, com a adesão à rede, “tornou-se possível
o reforço dos atendimentos, a realização de mais ações de formação e
divulgação na área financeira e ainda a formação dos elementos
pertencentes às novas entidades da RACE”.
Para o GOEC, a vantagem de haver uma rede extrajudicial de entidades é
que permite alargar o raio de atuação a todo o país, criando uma
proximidade com o consumidor, facilitando a comunicação e acesso aos
serviços prestados pela entidade.
A rede de âmbito nacional reduziu também “a assimetria de informação
entre os consumidores e as entidades financeiras, ajudando assim a
minorar as consequências para os consumidores das dificuldades
financeiras sentidas e do sobreendividamento”, acrescenta.
Por outro lado, frisa, com as ações de divulgação e formação foi
possível sensibilizar centenas de adultos e jovens para a necessidade de
um consumo sustentável em termos de orçamento familiar, uma gestão
cuidada das dívidas de crédito e dos instrumentos legais e instituições
da RACE disponíveis para a procura de uma solução adequada.
“O consumidor não está sozinho perante as instituições financeiras
porque pode sempre recorrer à RACE e isso é uma mais-valia para a
generalidade das famílias que é preciso divulgar”, salienta o gabinete.
* Não é verdade que o consumidor não esteja sózinho face às instituições financeiras, o assédio quase pornográfico que as mesmas fazem não é devidamente combatido, publicidade enganosa, envio de de cartões electrónicos não solicitados, assédio pelo telefone, etc., o que faz a RACE contra isto?
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