HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
Comité Paralímpico de Portugal
quer "rejuvenescer"
O presidente do Comité Paralímpico de Portugal (CPP), Humberto
Santos, manifestou-se esta terça-feira preocupado com o futuro da
atividade paralímpica no país, defendendo a necessidade de
"rejuvenescer" a equipa portuguesa e aumentar o número de modalidades.
O
responsável falava à agência Lusa no final da cerimónia de abertura do
Dia Paralímpico, que este ano decorre em Évora, promovido pelo CPP e com
o apoio do município e da Universidade de Évora.
"Temos uma
preocupação social, com a inclusão e prática desportiva, mas há um
objetivo subjacente que é aumentar o número de modalidades no nosso
programa paralímpico e rejuvenescer a nossa equipa", afirmou.
O
presidente do CPP explicou que o programa português "está reduzido a
cinco modalidades", das 22 que estão incluídas no programa dos Jogos
Paralímpicos, e que, nos últimos jogos (Londres 2012), a equipa lusa
tinha uma média etária de quase 33 anos.
"Desde os jogos de
Sydney [2000] que temos vindo a descer no número de medalhas e no
'ranking' também temos descido, mas não muito", assinalou.
Para
Humberto Santos, a realidade paralímpica "não é nem de perto nem de
longe aquela que era há uns anos atrás", devido ao "desenvolvimento do
movimento paralímpico muito significativo" em muitos países.
"Aquela
imagem de os atletas portugueses a chegarem ao aeroporto com várias
medalhas é algo que faz parte da história e que dificilmente
conseguiremos voltar a essa realidade", reconheceu.
O
responsável realçou que o Dia Paralímpico visa "criar, nos diversos
agentes desportivos e sociais, a disponibilidade de poderem ajudar a
construir uma realidade desportiva diferente" em Portugal.
"O
desporto para pessoas com deficiência tem estado muito centrado nas
associações, mas precisamos de o alargar aos clubes desportivos para que
estas pessoas façam desporto onde fazem outros cidadãos", disse.
"Quanto mais pessoas com deficiência praticarem desporto mais facilmente encontramos atletas de elite", acrescentou.
Ao
longo de todo o dia realizam-se demonstrações de várias modalidades
paralímpicas em espaços públicos e instalações desportivas de Évora.
* O governo, o parlamento e todos nós devíamos olhar para o CPP como uma ferramenta de excepção para conferir dignidade através do desporto, a jovens com dificuldades acrescidas.
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