HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Portugueses trabalham até 6 de Junho
só para pagar impostos
Os portugueses vão ter de trabalhar este ano mais
oito dias do que em 2011 para se libertarem da carga fiscal anual, sendo
todo o salário auferido até 6 de Junho para pagar impostos, segundo um
estudo europeu.
De acordo com o "The tax burden of typical workers in the
UE 28", da organização New Direction - Fundação para a Reforma
Europeia, revelado hoje, os portugueses ficam livres de impostos a 6 de
Junho, ou seja, na prática o rendimento auferido depois dessa data
corresponde ao verdadeiro rendimento líquido do ano.
Em 2011, os
portugueses tiveram de trabalhar até 29 de Maio para cumprir as suas
obrigações fiscais e, em 2012, até 3 de Junho, data em que puderam
celebrar o Dia da Libertação de Impostos, dia a partir da qual o
rendimento ganho já é para encaixe próprio e não para o Estado. Três
anos depois, em média, os portugueses têm de trabalhar mais oito dias do
que os que trabalharam em 2011 para pagarem os impostos devidos este
ano.
Em termos gerais, Portugal é o sétimo país das 28 economias
da UE a celebrar o Dia da Libertação de Impostos, depois de Chipre (21
de Março), de Malta e da Irlanda (28 de Abril), do Reino Unido, da
Bulgária e do Luxemburgo (12 de Maio).
Por oposição, os países
que têm de trabalhar mais dias para cumprirem as suas obrigações fiscais
são a Bélgica (6 de Agosto), a França (28 de Julho), a Áustria (25 de
Julho), a Hungria (16 de Julho), a Grécia (14 de Julho), a Alemanha (11
de Julho) e a Roménia (1 de Julho).
Os autores do relatório
concluem que "os impostos continuam a subir na Europa": em média, um
trabalhador da União Europeia viu a sua taxa real de impostos aumentar
novamente este ano, passando dos 45,06% em 2013 para os 45,27% em 2014,
um tendência que se verifica desde 2010, ano em que este estudo começou a
ser realizado.
"O aumento [da carga fiscal] de 1,28% desde 2010
é, em larga medida, uma consequência dos aumentos do IVA em 19 países
membros da União Europeia", lê-se no documento.
O Governo
português anunciou na semana passada, no Documento de Estratégia
Orçamental (DEO), que vai aumentar a taxa normal do IVA em 2015, dos 23%
para os 23,25%. No mesmo documento, o Executivo indicou que peso do IRS
e do IRC sobre o PIB vai manter-se praticamente inalterado até 2018,
prevendo ainda que o peso da receita se mantenha nos próximos anos,
apesar do crescimento estimado da economia.
* Esta estatística é falaciosa, não é o tempo que se trabalha para pagar impostos o importante, o que os impostos revertem de benefícios para o cidadão é o que conta.
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