HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Rajoy recusa reunião com
presidente da Guiné Equatorial
Governo espanhol continua descrente das tentativas de aproximação do
regime de Malabo e apenas aceitou que Obiang se sente ao lado de Rajoy
no jantar de hoje no âmbito da cimeira UE-África.
FACÍNORAS PAI E FILHO |
O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, recusou o pedido do
presidente da Guiné-Equatorial Teodoro Obiang para uma reunião à margem
da cimeira UE-África que se realiza hoje e amanhã em Bruxelas, noticia
hoje o El País, citando fontes comunitárias.
No entanto Rajoy terá dado a Obiang, em alternativa, a possibilidade
de se sentarem lado a lado no jantar desta noite, onde se reúnem mais de
80 responsáveis governamentais dos dois continentes.
A desconfiança de Madrid face às promessas não cumpridas pelo regime
de Malabo - tanto em termos de abertura democrática, como da criação de
condições económicas preferenciais para os empresários espanhóis - têm
afastado os dois países, anteriormente colonizador e colónia.
O El País dá como exemplo mais recente para essa desconfiança a
moratória da Guiné-Equatorial à pena de morte, que Obiang apresentou
como forma de o país poder ser admitido na Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP). A Amnistia Internacional denunciou então que,
poucas semanas antes, entre quatro e nove prisioneiros tinham sido
executados e que a moratória só foi aceite depois da "liquidação" de
todos os presos condenados a pena capital.
Rui Machete, ministro dos Negócios Estrangeiros, considerou na altura
da aprovação da adesão à CPLP que "Portugal se sente à vontade com esta
decisão", uma vez que o país teria seguido o roteiro de integração,
incluindo a questão da moratória à pena de morte.
Além da adesão à CPLP - justificada pelo facto de a Guiné Equatorial
também ter sido em tempos colónia portuguesa -, aquela nação africana
voltou a estar sob atenção em Portugal, depois de o Banif ter assinado
um memorando de entendimento não vinculativo com o país que abre a
possibilidade de uma ou duas empresas da Guiné Equatorial de gás e
petróleo (Enagas ou GEPetrol) entrarem no capital do banco.
* Hipocrisia Ibérica, o dinheiro acaba por mandar...
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