02/04/2014

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Rajoy recusa reunião com 
presidente da Guiné Equatorial

Governo espanhol continua descrente das tentativas de aproximação do regime de Malabo e apenas aceitou que Obiang se sente ao lado de Rajoy no jantar de hoje no âmbito da cimeira UE-África.
FACÍNORAS PAI E FILHO

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, recusou o pedido do presidente da Guiné-Equatorial Teodoro Obiang para uma reunião à margem da cimeira UE-África que se realiza hoje e amanhã em Bruxelas, noticia hoje o El País, citando fontes comunitárias.

No entanto Rajoy terá dado a Obiang, em alternativa, a possibilidade de se sentarem lado a lado no jantar desta noite, onde se reúnem mais de 80 responsáveis governamentais dos dois continentes.
A desconfiança de Madrid face às promessas não cumpridas pelo regime de Malabo - tanto em termos de abertura democrática, como da criação de condições económicas preferenciais para os empresários espanhóis - têm afastado os dois países, anteriormente colonizador e colónia.

O El País dá como exemplo mais recente para essa desconfiança a moratória da Guiné-Equatorial à pena de morte, que Obiang apresentou como forma de o país poder ser admitido na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A Amnistia Internacional denunciou então que, poucas semanas antes, entre quatro e nove prisioneiros tinham sido executados e que a moratória só foi aceite depois da "liquidação" de todos os presos condenados a pena capital.

Rui Machete, ministro dos Negócios Estrangeiros, considerou na altura da aprovação da adesão à CPLP que "Portugal se sente à vontade com esta decisão", uma vez que o país teria seguido o roteiro de integração, incluindo a questão da moratória à pena de morte.

Além da adesão à CPLP - justificada pelo facto de a Guiné Equatorial também ter sido em tempos colónia portuguesa -, aquela nação africana voltou a estar sob atenção em Portugal, depois de o Banif ter assinado um memorando de entendimento não vinculativo com o país que abre a possibilidade de uma ou duas empresas da Guiné Equatorial de gás e petróleo (Enagas ou GEPetrol) entrarem no capital do banco.

 * Hipocrisia Ibérica, o dinheiro acaba por mandar...


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