01/04/2014



HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 
Portugal teve uma pontuação 
(494 pontos) abaixo da média 

 Os estudantes portugueses surgem em 20.ºlugar numa lista de 44 países do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que avaliou, pela primeira vez, a capacidade de os alunos conseguirem resolver problemas de matemática aplicados à vida real. 

Estes resultados do PISA 2012 foram divulgados hoje pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que apresenta um ranking com a média dos resultados obtidos pelos 85 mil alunos de 15 anos que participaram neste estudo. 


Portugal teve uma pontuação de 494 pontos, sendo a média da OCDE de 500 pontos, segundo o relatório que analisou as capacidades dos estudantes de 44 países. De acordo com o documento, apenas 7,4% dos portugueses conseguiram resolver os problemas de matemática mais complexos, ficando abaixo da média dos países da OCDE que se situa nos 11,4%. Já um em cada cinco portugueses (20,6%) foi incapaz de aplicar os conhecimentos daquela disciplina a questões do quotidiano, tendo maus resultados na avaliação. 

Estes alunos ficaram abaixo do nível dois (numa escala em que o valor máximo é seis). De acordo com o estudo, os três países mais bem classificados foram Singapura (562 pontos), Coreia (561) e Japão (552). Já nos três últimos lugares surgem o Uruguai (403), a Bulgária (402) e a Colômbia (399). 

A OCDE sublinha no documento que em tempos de crise económica aumenta a necessidade de aumentar o investimento na aquisição e desenvolvimento de ferramentas para os cidadãos, através do sistema de educação e do local de trabalho. “Num momento em que os orçamentos públicos estão apertados e há pouco espaço para estímulos fiscais e monetários, investir em reformas estruturais para impulsionar a produtividade, tais como a educação, é a chave para o crescimento no futuro”, lê-se no relatório. 

 O documento sublinha também as “preocupantes” diferenças de género, no que toca à matemática: “mesmo quando a performance das raparigas é tão boa como a dos rapazes, elas reportam menos perseverança, menos motivação para aprender matemática, menos fé nas suas capacidades matemáticas e níveis mais altos de ansiedade”. 

 No caso nacional, o relatório mostra que os rapazes têm, em média, mais 16 pontos do que as raparigas, colocando Portugal entre os países onde a diferença é mais notória. O país mais mal classificado do ranking, a Colômbia, é também onde os rapazes mais se destacam das raparigas nesta capacidade de utilizar a matemática, com 31 pontos de diferença. 

Segue-se a China (25 pontos), o Brasil e a Eslováquia (ambos com 22 pontos), o Japão (19). Na Europa, com maiores diferenças surge apenas a Itália (18 pontos).

* Responsabilidade partilhada, ministro e professores.


.

Sem comentários: