16/03/2014

.
ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"

Nove milhões de sírios já foram 
obrigados a deixar tudo para trás 

"É inconcebível que uma catástrofe humanitária com esta dimensão esteja a desenrolar-se diante dos nossos olhos", afirma António Guterres.

É um Portugal inteiro de pessoas obrigadas a abandonar as suas casas. Não aqui, na ponta da Europa, mas na Síria, país que 'conquistou' o primeiro lugar do ranking de deslocados internos e refugiados, de acordo com dados divulgados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), dirigido por António Guterres.
"É inconcebível que uma catástrofe humanitária com esta  dimensão esteja a desenrolar-se diante dos nossos olhos sem que haja um progresso significativo para parar" com a guerra, alerta António Guterres.
 

Nove milhões de pessoas obrigadas a abandonar casas, móveis, brinquedos, aconchego, segurança, memórias. Há 2,5 milhões que estão registados como refugiados nos países vizinhos (ou aguardam ainda para fazerem o registo formal). Os outros, 6,5 milhões, são o que tecnicamente se designa por 'deslocados internos'. Deambulam pelo país à procura de um local menos inseguro e onde o acesso à comida seja um pouco mais fácil. 
"Não se devem poupar esforços para encontrar a paz. Nem para aliviar o sofrimento de pessoas inocentes apanhadas no conflito e forçadas a deixar suas casas, comunidades , empregos e escolas", acrescenta António Guterres. Segundo o ACNUR, pelo menos metade dos deslocados são crianças.

Se nada for feito para travar esta catástrofe, o ACNUR diz que o número de refugiados na região circundante vai aumentar e tornar-se na maior população de refugiados do mundo.

* Uma tragédia à qual a maioria de nós está indiferente.

.

Sem comentários: