17/03/2014

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Surfistas aprendem a salvar vidas 
nas praias portuguesas 

Especialista em salvamento aquático está em Portugal para dar aulas de primeiros socorros a surfistas e ensiná-los a salvar vidas.

Os surfistas portugueses começaram, esta semana, a ter aulas de primeiros socorros para, em conjunto com os nadadores salvadores, ajudarem a salvar vidas durante a próxima época balnear. 


A primeira aula prática do projeto ‘Surf Salva’ realizou-se esta segunda-feira e contou com cerca de 60 participantes. David Szpilman, médico, referência mundial no salvamento aquático e diretor da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), é quem está a dar aulas aos instrutores e surfistas das escolas de portuguesas desta modalidade. Após estas primeiras aulas, os alunos vão transformar-se em professores e passar todos os conhecimentos aos alunos de escolas de surf espalhadas por todo o País.

No Brasil já foram feitos cerca de 90 cursos de primeiros socorros para surfistas, de acordo com David Szpilman. Apesar de os resultados não terem sido contabilizados, o especialista em salvamento aquático revelou que recebe cerca de três e-mails por semana afirmando que “salvaram alguém, sabiam o que fazer, foi ótimo e sentem-se orgulhosos”. 

 “A nível nacional é a melhor iniciativa em projetos de surf para a salvaguarda da zona marítima, porque os surfistas são os primeiros a começar o salvamento dentro de água”, explicou Paulo Dias, professor no Centro Internacional de Surf.

 Os próprios surfistas também estão entusiasmados e consideram-se preparados para agir. “Já tivemos de agir sem ter nenhuma orientação. Agora, mesmo com pouco tempo de prática, penso que já conseguimos dar uma melhor assistência”, sublinhou a surfista Olga Marques. 

TEMPORAIS CRIARAM ZONAS DE RISCO PARA O VERÃO 
O mau tempo que se fez sentir no início deste ano e que assolou a costa portuguesa deixou consequências que se podem vir a sentir durante a próxima época balnear. O Comandante do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), Nuno Leitão, afirmou ao Correio da Manhã que existem várias zonas de risco e alertou para o cuidado redobrado que os banhistas têm de ter em conta. “Vamos ter praias mais perigosas, com mais correntes e que mudaram a sua tipologia normal. 

Este projeto vai garantir uma maior segurança nas praias e pode minimizar os efeitos que as alterações vão provocar nas pessoas em termos de insegurança”, explicou Nuno Leitão. O projeto ‘Surf Salva’ vai decorrer nas escolas de surf espalhadas por todo o País e conta com o apoio do ISN e das lojas alimentares Lidl, que costumam investir, anualmente, um milhão e meio de euros em donativos para instituições de solidariedade social. 

* É na prevenção que se minimizam os riscos embora saibamos que os banhistas portugueses são grandes colaboradores p'rá asneira.


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