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Belmiro.
Salários só podem aumentar quando
. portugueses aumentarem produtividade
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, reiterou, na quarta-feira, que considera que o país não pode regressar ao "nível salarial" nem ao "nível remuneratório das pensões" de 2011
O presidente do Conselho de Administração da Sonae, Belmiro de
Azevedo, afirmou hoje que os salários em Portugal só podem aumentar
quando os trabalhadores tiverem a mesma produtividade que, por exemplo,
os alemães.
“Os salários só podem aumentar - e oxalá que isso aconteça – quando,
de facto, um trabalhador português fizer uma coisa igual, parecida, com
um trabalhador alemão ou inglês, seja o que for”, afirmou Belmiro de
Azevedo, à margem da cerimónia de entrega dos diplomas dos finalistas do
MBA Executivo da Porto Business School.
Desta forma, para o ‘chairman’ da Sonae, que voltou a defender que a
competitividade em Portugal só pode ser estimulada através da “educação
das pessoas e [da] aquisição das máquinas corretas”, é impossível
comparar os salários em Portugal com os de países como a Alemanha “pura e
simplesmente porque os alemães, por hora, fazem três ou quatro vezes
mais do que os portugueses”.
“Portanto, é uma maneira de fugir à realidade, porque se não formos
igualmente competitivos não exportamos. E não exportando não vamos a
sítio nenhum”, disse Belmiro de Azevedo.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, reiterou, na quarta-feira,
que considera que o país não pode regressar ao "nível salarial" nem ao
"nível remuneratório das pensões" de 2011.
De acordo com dados do Eurostat e dos Institutos Nacionais de
Estatísticas reunidos pela Pordata, em 2012, se num índice da União
Europeia a 27 a produtividade do trabalho por hora era 100, em Portugal seria 64,3, enquanto na Alemanha o valor era de 124,8.
* Saiba o sr. Belmiro de Azevedo que fundamental é o país deixar de ter empresários da idade média, dos que forjam empresas para tráfico de facturação, dos que levam para paraísos fiscais o dinheiro ganho em Portugal, dos que têm comportamento negreiro em relação aos seus trabalhadores, dos que exploram os seus fornecedores com contratos leoninos, dos que recebem a pronto e pagam a seis meses. É fundamental, para o país exportar mais, que não haja promiscuidade entre políticos, banca e grandes empresários, como na Alemanha, país que referiu na sua verborreia.
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