06/03/2014

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Belmiro. 
Salários só podem aumentar quando
. portugueses aumentarem produtividade

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, reiterou, na quarta-feira, que considera que o país não pode regressar ao "nível salarial" nem ao "nível remuneratório das pensões" de 2011

O presidente do Conselho de Administração da Sonae, Belmiro de Azevedo, afirmou hoje que os salários em Portugal só podem aumentar quando os trabalhadores tiverem a mesma produtividade que, por exemplo, os alemães.

“Os salários só podem aumentar - e oxalá que isso aconteça – quando, de facto, um trabalhador português fizer uma coisa igual, parecida, com um trabalhador alemão ou inglês, seja o que for”, afirmou Belmiro de Azevedo, à margem da cerimónia de entrega dos diplomas dos finalistas do MBA Executivo da Porto Business School.

Desta forma, para o ‘chairman’ da Sonae, que voltou a defender que a competitividade em Portugal só pode ser estimulada através da “educação das pessoas e [da] aquisição das máquinas corretas”, é impossível comparar os salários em Portugal com os de países como a Alemanha “pura e simplesmente porque os alemães, por hora, fazem três ou quatro vezes mais do que os portugueses”.

“Portanto, é uma maneira de fugir à realidade, porque se não formos igualmente competitivos não exportamos. E não exportando não vamos a sítio nenhum”, disse Belmiro de Azevedo.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, reiterou, na quarta-feira, que considera que o país não pode regressar ao "nível salarial" nem ao "nível remuneratório das pensões" de 2011.

De acordo com dados do Eurostat e dos Institutos Nacionais de Estatísticas reunidos pela Pordata, em 2012, se num índice da União Europeia a 27 a produtividade do trabalho por hora era 100, em Portugal seria 64,3, enquanto na Alemanha o valor era de 124,8. 

* Saiba o sr. Belmiro de Azevedo que fundamental é o país deixar de ter empresários da idade média, dos que forjam empresas para tráfico de facturação, dos que levam para paraísos fiscais o dinheiro ganho em Portugal, dos que têm comportamento negreiro em relação aos seus trabalhadores, dos que exploram os seus fornecedores com contratos leoninos,  dos que recebem a pronto e pagam a seis meses. É fundamental, para o país exportar mais, que não haja promiscuidade entre políticos, banca e grandes empresários, como na Alemanha, país que referiu na sua verborreia.


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