23/03/2014

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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"

MANIFESTO DA DÍVIDA
Leia a carta em que antigos dirigentes
 da CIP criticam António Saraiva

Atual presidente da confederação patronal é criticado por antecessores após ter assinado o recente manifesto da dívida. 
O Expresso divulga a carta na íntegra.

António Saraiva, presidente da CIP, assinou o recente manifesto a defender a renegociação da dívida portuguesa, impulsionado por João Cravinho e Bagão Félix. Agora, são ex-dirigentes da confederação patronal que não poupam nas críticas a Saraiva. 

 O Expresso revela aqui a carta em que António Vasco de Mello, Francisco van Zeller, José Manuel Morais Cabral e Pedro Ferraz da Costa criticam a atitude de António Saraiva. 

"Os Fundadores e ex-Presidentes da CIP, são  legítimos defensores da memória histórica da CIP, desde a sua fundação no Verão de 74 até aos dias de hoje.

Os combates, que travaram, na CIP, por um Portugal onde as empresas fossem reconhecidas, incentivadas e respeitadas, como um agente de mudança e da modernização estrutural do País, obriga-nos a vir, publicamente, repudiar a atitude do actual Presidente da CIP ao envolver-se e  assinar um Manifesto que não defende, e prejudica, os interesses permanentes de Portugal. 

Um Presidente da CIP, que a título pessoal assina por uma Instituição, fere o Património Histórico que deve respeitar, e cujo lema é, como sempre foi, a defesa intransigente da Iniciativa Privada. 
Ao subscrever o Manifesto, o Presidente da CIP, pôs em causa esse desígnio fundador, na ausência de consideração dos interesses globais da economia portuguesa. 
Mais do que nunca a CIP tem de ser uma voz credível, respeitada e ouvida no que importa à saída de Portugal do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro e ao futuro da economia portuguesa. 
Não podem, os signatários, deixar de lamentar a atitude tomada e demarcam-se, publicamente, da falta de respeito com a Instituição a que dedicaram grande parte da sua vida pessoal e profissional. 
António Vasco de Mello
Francisco van Zeller
José Manuel Morais Cabral
Pedro Ferraz da Costa"

Leia a carta de Louçã que 
mobilizou os 74 estrangeiros
"Fiz o que tinha a fazer", afirma Francisco Louçã.

"Apelo por Portugal", chamou Louçã à carta que enviou a colegas universitários nos Estados Unidos e Inglaterra a pedir que recolhessem assinaturas "entre colegas e amigos" para o manifesto pela reestruturação da dívida.
O Expresso mostra-lha a carta. "Fiz o que tinha a fazer", afirma Francisco Louçã, "sempre em coordenação com João Cravinho", o "pai" da ideia.

A carta de Francisco Louçã (em inglês)
Dear colleagues,
You are certainly aware of the discussions among economists in the countries under the troika programs. In the case of Portugal, a new fact changed the context of the national debate on austerity: 74 economists, including an impressive number of ex-finance ministers of previous left and right wing governments, made a call for restructuring of the debt and challenging austerity. I signed it and all those supporting a new strategy for employment and growth.

 This is very important, since in a couple of weeks a decision will be made on what will happen after the end of the troika program (may 17th). This call for the restructuring of the debt and a new policy generated a new perspective: the IMF, the European Commission and of course the Government made public statements against our call.
An european perspective would be most welcome on this. I attach a small text in this sense. It would be most helpful if some renamed economists could stand for this.
Could you sign it? Would you help diffusing the text for signatures among colleagues and friends?

All the best
Francisco

* Os factos.

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