HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Le Pen quer seguir exemplo suíço
contra imigração
A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, considerou hoje que
os suíços mostraram "bom senso" ao rejeitarem a imigração em massa e
convidou os franceses a seguirem o exemplo.
"Gostava que os seguíssemos e penso
que, se houvesse um referendo em França sobre o mesmo assunto, os
franceses votariam maioritariamente pelo fim da imigração em massa",
disse Le Pen à rádio Europe 1.
A líder da Frente Nacional (FN), em
campanha para as eleições municipais de março e as europeias de maio,
aproveitou para apelar aos franceses que sigam o exemplo dos suíços em
defesa "da liberdade, da soberania, da economia, do sistema de proteção
social e da identidade".
No domingo, logo após a divulgação da
vitória do "sim" no referendo "contra a imigração em massa" na Suíça,
que introduz quotas para restringir a imigração europeia no mercado
laboral, Le Pen felicitou os suíços numa mensagem na sua conta no
Twitter e ironizou sobre se "a União Europeia vai enviar tanques".
À
rádio, Le Pen assegurou que restringir a imigração "não é erguer um
muro, mas uma porta que pode abrir-se ou fechar-se em função do
interesse do povo".
Referiu o caso do terminal de gás de Dunkerke,
no noroeste de França, onde disse que cerca de 40% dos trabalhadores
são estrangeiros, quando "podiam ser franceses", para defender "a
preferência nacional em momentos de crise económica".
No domingo, a
FN já tinha emitido um comunicado afirmando que o referendo "marca um
ponto de viragem positivo contra os dogmas destrutivos do 'sem
fronteirismo' mundial".
O texto considerava também que o referendo
"é uma vitória clara do povo suíço contra as suas elites, a
tecnoestrutura da União Europeia e a intelectualidade que não poupa
nenhum país da Europa".
Nas sondagens dos últimos meses em França,
a FN é o partido que congrega maior número de intenções de voto nas
eleições europeias, com cerca de 24%.
No domingo, 50,3 por cento
dos suíços aprovaram em referendo a iniciativa proposta pela União
Democrática do Centro (UDC), que também restabelece o princípio da
preferência pelo trabalhador nacional face ao estrangeiro, que se
encontrava abolida para todos os trabalhadores oriundos de algum dos
países da União Europeia.
A partir de agora, o número de
autorizações emitidas para uma estada de estrangeiros na Suíça é
limitado por quotas anuais, com limitações ao reagrupamento familiar,
novas regras para benefícios sociais, autorizações de residência.
A
iniciativa agora aprovada prevê a revisão nos próximos três anos dos
tratados internacionais contrários a estas disposições, uma decisão que
afeta, entre outros países, as relações com a União Europeia.
* Coerência Neonazi não lhe falta!
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