HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Governo aprova cinco critérios
para justificar despedimentos
A proposta de lei com as alterações ao Código do
Trabalho foi aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros. Passam
a ser cinco, e não seis, os novos critérios de escolha num despedimento
por extinção de posto de trabalho. Os critérios seguem uma hierarquia e
a avaliação de desempenho surge no topo da lista.
O Governo aprovou esta quinta-feira, em
Conselho de Ministros, a proposta de lei com as alterações ao Código do
Trabalho, no âmbito dos novos critérios de despedimento por extinção de
posto de trabalho. A decisão foi anunciada por Luís Marques Guedes e
explicada depois pelo Ministro do Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares.
Os cinco critérios
1. Pior avaliação do desempenho
2. Menores habilitações
3. Maior onerosidade do vínculo laboral
4. Menor experiência profissional
5. Menor antiguidade na empresa
2. Menores habilitações
3. Maior onerosidade do vínculo laboral
4. Menor experiência profissional
5. Menor antiguidade na empresa
A proposta aprovada hoje inclui cinco critério de despedimento. Ou
seja, o Governo deixou cair um dos critérios - a situação económica e
familiar - devido às questões levantadas pelos parceiros sociais.
Apesar disso, a proposta não tem o apoio da UGT.
A avaliação do desempenho passa a ser o principal critério de
despedimento, seguindo-se as habilitações, a onerosidade do vínculo
laboral, a experiência profissional e a antiguidade na empresa. Pedro
Mota Soares considera que a solução aprovada hoje pelo Executivo - e que
segue agora para discussão na Assembleia da República - é "equilibrada,
permite ultrapassar as objecções colocadas pelo Tribunal Constitucional
e respeita o espírito do acordo de concertação social alcançado em
2012".
No caso do primeiro critério - avaliação de desempenho - o ministro
esclareceu que os parâmetros de avaliação têm que ser "previamente
conhecidos pelo trabalhador". Caso a empresa não tenha um sistema de
avaliação de desempenho, o critério mais importante passa a ser o
segundo: habilitações académicas.
Pedro Mota Soares acredita, porém, que esta medida pode ser um
estímulo para as empresas (que ainda não têm) criarem sistemas de
avaliação de desempenho. Questionado sobre se o Governo tem dados sobre
quantas empresas avaliam os trabalhadores, o ministro respondeu que não.
Actualmente, num despedimento por extinção de posto de trabalho, os
trabalhadores com menor antiguidade são os primeiros a sair.
* O ósculo de Judas.
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