HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Governo vai enumerar o top 12
dos “fardos burocráticos” entre
. empresários e Administração Pública
. empresários e Administração Pública
O Governo promoveu a partir de Novembro do ano
passado um inquérito aos empresários para identificar os principais
entraves burocráticos à actividade económica. O questionário vai ficar
fechado a 15 de Janeiro, e o Executivo quer a partir da análise das
resposta enumerar o top 12 dos fardos burocráticos que o Estado impõe, e
assim reduzir em 50% os custos de contexto que existem nestas áreas.
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Esta iniciativa decorrerá até ao fim da
legislatura e é enquadrada na “Iniciativa para a Simplificação
Regulatória”, que tem duas grandes linhas de acção. Uma destinada aos
empresários, e a outra que arranca no segundo trimestre de 2014,
dedicada aos cidadãos.
Segundo o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional (MADR),
Miguel Poiares Maduro, depois de identificados os problemas serão
criados 12 grupos de trabalho que actuarão sobre a “anatomia da entropia
identificada”. Os grupos serão constituídos por responsáveis dos
serviços públicos da área do problema elegido, por utilizadores desses
serviços, representados pelas associações patronais sectoriais, e como
mediador dos encontros estarão elementos do ministério liderado por
Poiares Maduro.
“Não queremos fechar a Administração Pública nesta discussão. É
preciso colocar todos os intervenientes nos processos a dialogar até
para que a própria Administração se sinta impelida a agir”, defendeu o
Governante.
Estes “focus group”, como lhes chamou o ministro Poiares Maduro,
terão apenas uma reunião em dia a designar, que será antecedida por uma
preparação prévia e que posteriormente levará à apresentação de uma
solução conjunta. Ou seja, é expectável que entre a formação dos grupos,
o seu encontro e o encontrar uma solução decorra uma semana. Nestas
reuniões discutir-se-ão, à partida, questões como a “duplicação de
documentos ou actos repetidos”.
Posteriormente, o problema, a sua “anatomia”, e a solução serão
publicados num site através do qual poderão ser monitorizados. “Isto
para que haja um “name and shame” e as pessoas possam identificar quais
os sectores da Administração Pública que estão a cumprir e as que não
estão”, identifica o ministro.
Uma vez concluído o levantamento dos entraves burocráticos, o estudo
prossegue com uma análise de custos de contexto dos mesmos, elaborada
com o recurso à metadologia “Standard Cost Model”, desenvolvido pela
OCDE e a Comissão Europeia.Poiares Maduro quer que com a identificação
destes problemas, haja uma redução dos custos de contexto nas áreas
identificadas, que leve a uma poupança de 50% pelos agentes económicos.
Até ao momento, o Governo contabiliza mais de 300 empresas que
responderam ao inquérito público e que termina a 15 de Janeiro.
Participaram, segundo o executivo, empresas de todas as tipologias
(micro, pequenas, médias e grandes unidades).
Para o ministro que tutelará o processo, se este modelo resultado
dever-se-á “replicar”. Isto para, segundo, Poiares Maduro fomentar uma
cultura de diálogo e de cooperação entre ministérios e serviços que
“acabe com uma Administração que funciona em silos”. “É preciso acabar
com uma cultura que defende o interesse particular particular e não o
interesse geral”, afirmou.
No inquérito às empresas
são colocadas questões para avaliar as deficiências do Estado ao nível
do registo, licenciamento, cumprimento da legislação ambiental,
cumprimento da legislação laboral, cumprimento das normas de saúde
pública, cumprimento de obrigações fiscais entre outros temas. Da
interacção entre empresários e Administração Pública em cada uma das
áreas os inquiridos tem uma escala com cinco opções que vão do “muito
baixo” ao “muito elevado”.
* O maior fardo burocrático para as empresas é o próprio governo, será que este governo tem intenção de se demitir a bem das empresas?
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