HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Aumento do preço do álcool
previne dependência
Aumentar os impostos na venda de bebidas alcoólicas é uma das medidas
aprovadas que visa a diminuição do consumo e a prevenção de casos de
adição.
Limitar os locais de venda do álcool no período
noturno, como nas áreas de serviço, as novas regras do limite do consumo
a novos encartados e o aumento dos impostos na comercialização de
bebidas alcoólicas são algumas medidas apontadas pelo ministro da Saúde,
Paulo Macedo, de combate ao consumo excessivo do álcool no nosso país.
As
declarações de Paulo Macedo foram proferidas esta sexta-feira, na
sessão de abertura da conferência do lançamento da Ação Comum para
apoiar os Estados-Membros na minimização dos efeitos nocivos do álcool,
que decorre em Lisboa.
"Portugal é um país
produtor de vinho e de outras bebidas alcoólicas mas não nos podemos
esquecer que é necessário o combate do consumo exagerado do álcool e já
foram tomadas medidas que visam a prevenção", sublinhou o governante.
Segundo
o ministro da Saúde, outra medida aprovada que visa o combate da adição
do consumo do álcool é a proibição da venda de bebidas espirituosas a
menores de 18 anos. "Uma alteração da legislação que não tinha sido
feita nos últimos dez anos", referiu Paulo Macedo.
João
Goulão, diretor-geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos
Aditivos e nas Dependências (SICAD), afirmou que o consumo "excessivo do
álcool é responsável por um conjunto considerável de doenças e
comportamentos que fazem vítimas como, por exemplo, os acidentes de
viação".
Portugal vai coordenar o projecto da
Ação Comum, que envolve e mobiliza 32 entidades da União Europeia, que
participarão como parceiros associados e 28 outros parceiros com o
estatuto de colaboradores, que representam os 27 Estados-Membros.
Segundo
uma das recomendações em análise da Ação Comum passa por aumentar a
prevenção do consumo do álcool, em especial no local de trabalho,
limitar a publicidade do álcool e aumentar as intervenções precoces no
tratamento dos doentes.
SETOR DAS EMPRESAS DE BEBIDAS ESPIRITUOSAS REAGE
Como
reacção, a Associação Nacional das Empresas de Bebidas Espirituosas
manifestou-se contra a atual lei do álcool, que permite a venda de
cerveja e vinhos a menores a partir dos 16 anos. A venda de bebidas
espirituosas só é permitida a partir dos 18 anos.
Mário
Moniz Barreto, secretário-geral da associação, afirmou ao CM que a lei
faz com que haja uma “uma transferência dos hábitos de consumo das
bebidas espirituosas para as cervejas e vinhos”.
“Esta
lei não é eficaz porque vai contra os princípios de toda a evidência
científica ao permitir o consumo de cerveja e vinhos a partir dos 16
anos”, afirmou o responsável.
De acordo
com Mário Moniz Barreto, a atual lei transmite mensagens erradas aos
jovens de que “há álcool para adultos e álcool para jovens”.
A associação defende a proibição da venda de bebidas alcoólicas até aos 18 anos.
* O aumento dos preços das bebidas não é solução, pode provocar tráfico de bebidas alcoólicas "marteladas" autênticos venenos para a saúde.
O consumo de bebidas alcoólicas em jovens tem de ser controlado pelas famílias, se estas se desresponsabilizam então deverá haver penalização sobre quem tem responsabilidade parental.
Na Suiça se um jovem em idade escolar for encontrado na rua dentro do período das aulas, a polícia aborda-o e contacta a família, se houver reincidência os pais são levados a tribunal de família.
O álcool ou outra droga qualquer têm a primeira linha de combate na família.
A Associação Nacional das Empresas de Bebidas Espirituosas tem razão no que respeita à proibição de venda de álcool, nós defendemos a idade de 21.
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