HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Governo cria regime fiscal
para expatriados até Março
A estratégia de fomento industrial entra em vigor
amanhã. Medidas como a dinamização dos fundos de capitalização da banca
dirigidos às PME, a revisão do ensino profissionalizante e sistema
dual, o plano de proximidade rodoviária e a criação de um regime fiscal
para expatriados serão implementadas nos primeiros três meses de 2014.
.
A resolução do Conselho de Ministros
que aprova a Estratégia de Fomento Industrial para o Crescimento e o
Emprego 2014 –2020, assim como a criação do Conselho para a Indústria,
entra esta terça-feira, 24 de Dezembro, em vigor.
A estratégia, publicada esta segunda-feira em Diário da República,
assenta em nove eixos de actuação prioritária, como seja a consolidação
e revitalização do tecido empresarial, estabilização da procura
interna; qualificação; financiamento; promoção do investimento;
competitividade fiscal; internacionalização; inovação, empreendedorismo e
I&D; e infra-estruturas logísticas.
Na resolução o Executivo formaliza ainda a criação do Conselho para a
Indústria, o qual é presidido pelo membro do Governo responsável pela
área da economia e integra até um máximo de 16 membros permanentes,
designados de entre personalidades de reconhecido mérito no âmbito dos
eixos de actuação da estratégia.
A este Conselho para a Indústria compete monitorizar a implementação
da estratégia, propor melhorias e novas medidas que considere relevantes
para os objectivos traçados e apresentar relatórios trimestrais ao
membro do Governo responsável pela área da economia, com a apreciação
global e específica do estado de implementação e cumprimento dos
objectivos.
A Estratégia de Fomento Industrial para o Crescimento e o Emprego
2014-2020 “tem como objectivo agregador atingir um crescimento
sustentável da economia nacional
em torno dos 1,5% em 2015, criando condições para que este valor seja claramente superado em 2020”.
De entre as medidas previstas no documento, são várias as que estão
calendarizadas para entrar em vigor no primeiro trimestre de 2014. Entre
elas conta-se, no que respeita à competitividade fiscal, a reforma
estrutural do sistema de tributação das empresas (IRC) e a criação de um
regime fiscal para expatriados.
No eixo relativo às infra-estruturas logísticas, está previsto para
os primeiros três meses de 2014 o plano de proximidade rodoviária.
Entre Janeiro e Março, no que respeita ao eixo que visa a
consolidação e revitalização do tecido empresarial, vão avançar medidas
como a dinamização dos fundos de capitalização da banca dirigidos às
PME. Neste quadro a estratégia determina ainda a adopção de medidas de
simplificação dos requisitos administrativos relativos a operações de
reestruturação, o desenvolvimento de acções de dinamização empresarial,
criando, com o apoio das associações empresariais, bolsas de
oportunidade negócio que incentivem operações de associação e fusão, e o
reforço das competências de gestão empresarial
Para o primeiro trimestre o próximo ano está também definida a
revisão do ensino profissionalizante e sistema dual, no eixo da
qualificação. No da promoção do investimento, está prevista a
implementação e monitorização do novo modelo de tramitação dos processos
judiciais cíveis e a criação de plataforma única georreferenciada de
energia.
Para a internacionalização o primeiro trimestre do ano será o momento
de avançar com a criação de um programa de capacitação plurianual para
novas exportadoras em parceria com as associações empresariais, com o
desenvolvimento de um programa de apoio cooperação empresarial para a
internacionalização.
A criação de uma rede de contactos para potenciar o papel da diáspora
enquanto veículo facilitador da entrada em mercados externos, a
promoção da assinatura de protocolos internacionais para o lançamento de
linhas de financiamento intermediadas e garantias ao financiamento para
o apoio à internacionalização de PME, assim como da criação de
observatórios de projectos de investimento entre Portugal e países
terceiros são outras das medidas inscritas.
Na área da inovação, empreendedorismo e I&D conta-se, entre
outros, o reforço da componente de apoio à investigação aplicada,
envolvendo uma maior corresponsabilização financeira do sector privado e
a promoção da inserção de doutorados e mestres em empresas, através de
incentivos financeiros/fiscais às PME para absorverem esses recursos.
No que respeita ao eixo do financiamento, medidas como a criação de
uma instituição financeira especializada e o reforço e fomento do
mercado de capital de risco só estão previstas para o segundo trimestre
do próximo ano.
* O governo não tem inteligência para cumprir 10% do conteúdo desta notícia!
.
Sem comentários:
Enviar um comentário