HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Bispo da Guarda ficou
"triste" com condenação
Manuel Felício disse hoje, no final da leitura da mensagem de Natal, que a decisão judicial o "surpreendeu" e o deixou "triste".
"Com
certeza que fiquei assim um bocadinho triste", disse o prelado
diocesano, acrescentando que "a tristeza também pode ser imposta pelos
factos".
A pena de 10 anos de prisão foi aplicada em cúmulo
jurídico e o tribunal do Fundão deu como provados todos os crimes: abuso
sexual de menores, abuso sexual de crianças e coação sexual.
A condenação teve em conta o número de atos praticados (19) e não o número de vítimas envolvidas, como pretendia a defesa.
De
acordo com o que ficou provado em Tribunal, Luís Mendes, de 37 anos,
abusou de seis crianças com idades entre os 11 e os 15 anos, cinco das
quais alunos em regime de internato no Seminário do Fundão.
Os
cinco seminaristas foram abusados entre 2011 e 2012 e a sexta vítima -
aluno do padre no Colégio Nossa Senhora dos Remédios, Tortosendo,
Covilhã - foi abusada em 2008.
A Diocese da Guarda anunciou, em
comunicado, que a defesa do sacerdote iria recorrer da decisão, tendo o
bispo optado por falar do assunto apenas no dia de hoje.
"Este é o
meu primeiro pronunciamento sobre o assunto. Eu não tive nenhum
pronunciamento antes, preferi não o fazer no dia, não o fazer no dia a
seguir, porque [pretendi] permitir que outras posições fossem tomadas",
justificou.
O bispo sublinhou que ficou "triste" com os acontecimentos e disse querer entender os factos com outro significado.
"Eu
quero assumir estes factos como um convite a mim próprio, a nós padres e
a nós Igreja, a aprofundarmos ainda mais a qualidade do nosso serviço".
Manuel
Felício disse ainda que "os tribunais da Igreja estão empenhados em
fazer justiça" e que esse empenho já o "obrigou a fazer duas deslocações
a Roma para contactos com a Congregação da Doutrina da Fé, dicastério
onde está sediado o tribunal que, por superior determinação da Santa Sé,
julga estes casos".
"Portanto, a mesma colaboração que, desde a
primeira hora garantimos aos tribunais civis e lhes continuaremos a
garantir até ao fim, estamos a dá-la também ao tribunal eclesiástico
competente para se pronunciar sobre esta matéria", referiu.
Indicou
que o processo canónico tem quatro fases - investigação prévia;
investigação no terreno; julgamento e sentença - tendo já sido cumprida a
primeira.
"Eu comuniquei à Congregação da Doutrina da Fé e agora o
processo vai continuar e espero que em tempo útil tenhamos a conclusão
final", disse, acrescentando que os elementos que vão julgar o caso
serão indicados pelo Vaticano.
O bispo lembrou que o Código de
Direito Canónico prevê, para casos desta natureza, a expulsão do estado
clerical, considerada "a pena maior".
* Lastimamos que o sr. bispo da Guarda tenha ficado surpreso e triste pela condenação do ex-vice reitor do seminário do Fundão e estranhamos que nada tenha referido sobre as vítimas!
Justiças eclesiásticas.
.
Bispo da Guarda ficou
"triste" com condenação
Manuel Felício disse hoje, no final da leitura da mensagem de Natal, que a decisão judicial o "surpreendeu" e o deixou "triste".
"Com
certeza que fiquei assim um bocadinho triste", disse o prelado
diocesano, acrescentando que "a tristeza também pode ser imposta pelos
factos".
A pena de 10 anos de prisão foi aplicada em cúmulo
jurídico e o tribunal do Fundão deu como provados todos os crimes: abuso
sexual de menores, abuso sexual de crianças e coação sexual.
A condenação teve em conta o número de atos praticados (19) e não o número de vítimas envolvidas, como pretendia a defesa.
De
acordo com o que ficou provado em Tribunal, Luís Mendes, de 37 anos,
abusou de seis crianças com idades entre os 11 e os 15 anos, cinco das
quais alunos em regime de internato no Seminário do Fundão.
Os
cinco seminaristas foram abusados entre 2011 e 2012 e a sexta vítima -
aluno do padre no Colégio Nossa Senhora dos Remédios, Tortosendo,
Covilhã - foi abusada em 2008.
A Diocese da Guarda anunciou, em
comunicado, que a defesa do sacerdote iria recorrer da decisão, tendo o
bispo optado por falar do assunto apenas no dia de hoje.
"Este é o
meu primeiro pronunciamento sobre o assunto. Eu não tive nenhum
pronunciamento antes, preferi não o fazer no dia, não o fazer no dia a
seguir, porque [pretendi] permitir que outras posições fossem tomadas",
justificou.
O bispo sublinhou que ficou "triste" com os acontecimentos e disse querer entender os factos com outro significado.
"Eu
quero assumir estes factos como um convite a mim próprio, a nós padres e
a nós Igreja, a aprofundarmos ainda mais a qualidade do nosso serviço".
Manuel
Felício disse ainda que "os tribunais da Igreja estão empenhados em
fazer justiça" e que esse empenho já o "obrigou a fazer duas deslocações
a Roma para contactos com a Congregação da Doutrina da Fé, dicastério
onde está sediado o tribunal que, por superior determinação da Santa Sé,
julga estes casos".
"Portanto, a mesma colaboração que, desde a
primeira hora garantimos aos tribunais civis e lhes continuaremos a
garantir até ao fim, estamos a dá-la também ao tribunal eclesiástico
competente para se pronunciar sobre esta matéria", referiu.
Indicou
que o processo canónico tem quatro fases - investigação prévia;
investigação no terreno; julgamento e sentença - tendo já sido cumprida a
primeira.
"Eu comuniquei à Congregação da Doutrina da Fé e agora o
processo vai continuar e espero que em tempo útil tenhamos a conclusão
final", disse, acrescentando que os elementos que vão julgar o caso
serão indicados pelo Vaticano.
O bispo lembrou que o Código de
Direito Canónico prevê, para casos desta natureza, a expulsão do estado
clerical, considerada "a pena maior".
* Lastimamos que o sr. bispo da Guarda tenha ficado surpreso e triste pela condenação do ex-vice reitor do seminário do Fundão e estranhamos que nada tenha referido sobre as vítimas!
Justiças eclesiásticas.
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