HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Diretor Nacional da PSP demite-se
Ministro da Administração Interna aceitou pedido de demissão.
O diretor Nacional da PSP, superintendente
Paulo Valente Gomes, colocou o seu lugar à disposição, na sequência dos
acontecimentos de quinta-feira em frente à Assembleia da República,
tendo o seu pedido sido aceite pelo ministro da Administração Interna.
Uma
nota do Ministério da Administração Interna refere que o ministro
Miguel Macedo "entendeu aceitar a disponibilidade para a cessação de
funções que tem exercido como diretor nacional" da PSP.
De acordo com o mesmo documento, "o ministro da
Administração Interna vai iniciar o processo tendo em vista a designação
do novo diretor nacional da Polícia de Segurança Pública".
SINDICATO DA POLÍCIA DIZ QUE DEMISSÃO "ERA INEVITÁVEL"
O
presidente do Sindicato Nacional de Polícia, Armando Ferreira,
considerou esta sexta-feira "inevitável" a saída do diretor nacional da
PSP, precipitada pelos acontecimentos da manifestação de quinta-feira no
parlamento, por entender que o superintendente "defendeu pouco" os
interesses dos polícias.
"Aconteceu agora [a
demissão] devido às sucessões de acontecimentos ontem, na Assembleia da
República, mas eu acredito que, se não fosse isto, era outra coisa que
iria precipitar a queda da atual direção nacional da PSP", disse à
agência Lusa o presidente do Sindicato Nacional de Polícia (Sinapol).
Armando
Ferreira disse que, do ponto de vista pessoal, lamenta a saída do
superintendente Paulo Valente Gomes, mas, "do ponto de vista
institucional, o Sinapol vê isto como algo que era inevitável que
acontecesse".
"A direção do superintendente Paulo
Gomes tem sido muito apagada e em pouco tem defendido os interesses dos
profissionais da Polícia de Segurança Pública", justificou.
Para o sindicalista, Paulo Valente Gomes foi "um diretor nacional inexistente, nem para o bem, nem para o mal".
Segundo
o sindicalista, "uma das grandes queixas" dos profissionais da PSP em
relação à direção nacional é o facto de esta se ter transformado "numa
direção do negável".
"Tudo o que seja solicitado,
por quem quer que seja, a resposta é sempre negativa", explicou.
Armando Ferreira espera que a nova direção nacional "proteja os
polícias" e consiga evitar que estes recorram a "expedientes" como os de
quinta-feira, para "demonstrar o seu descontentamento, porque as coisas
atingiram um ponto de não retorno".
Sobre a
possibilidade de a PSP instaurar processos disciplinares na sequência
dos acontecimentos da Assembleia da República, Armando Ferreira disse
que, se isso acontecer, "é um erro muito, mas mesmo muito grave".
"Num
momento como este, em que se viu o estado de espírito em que os
polícias estão, querer abrir-se uma caça às bruxas é a mesma coisa que
estar a decretar uma guerra direta aos profissionais de segurança
pública, e isso terá certamente consequências, e eu espero bem que não
se cometa esse erro", sublinhou.
No protesto,
acrescentou, "os polícias deram um grito de socorro e demonstraram
claramente o estado de desespero em que estão" na sua vida pessoal,
profissional e familiar.
O superintendente Paulo
Valente Gomes assumiu o cargo de diretor nacional da PSP em fevereiro de
2012, tendo sido o primeiro oficial da escola superior de polícia a
chegar ao topo da hierarquia na corporação.
* Tem-se a noção que o superintendente Valente Gomes estava absolutamente manietado pela tutela, não podemos fazer outro qualquer comentário.
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