HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Ordenada libertação de navio
e tripulação da Greenpeace
O Tribunal Internacional de Direito do Mar ordenou hoje a libertação do
navio da Greenpeace, apresado pelas autoridades russas em setembro, e da
respetiva tripulação em troca do pagamento de uma fiança de 3,6 milhões
de euros.
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O
tribunal internacional pediu à Rússia, em troca de uma garantia
financeira, para restabelecer a libertação de navegação do navio e para
autorizar "todas as pessoas que foram detidas (...) a deixar o
território e as zonas marítimas sob a sua jurisdição".
A Rússia
decidiu não participar no processo de arbitragem conduzido pelo Tribunal
Internacional de Direito do Mar, um órgão jurídico das Nações Unidas
responsável pela resolução de litígios marítimos internacionais.
Em reação à decisão da instância, Moscovo afirmou hoje que não reconhece as competências deste tribunal no âmbito deste caso.
"A
Rússia considera que o caso do 'Arctic Sunrise' não está dentro da
jurisdição do Tribunal Internacional do Direito do Mar", indicou um
comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, momentos
depois da divulgação da decisão da instância internacional.
Segundo
Moscovo, em 1997, quando ratificou a Convenção da ONU sobre o Direito
do Mar, a Rússia disse que "não aceitava os procedimentos de arbitragem
com decisões vinculantes em contenciosos sobre o exercício dos direitos
soberanos e jurisdicionais".
O "Arctic Sunrise", navio da
organização não-governamental ecologista com pavilhão holandês, foi
apresado no passado dia 19 de setembro por comandos da guarda costeira
russa, depois de os ativistas da Greenpeace terem tentado escalar uma
plataforma do gigante russo do gás Gazprom, no Mar de Barents (Ártico
russo).
Os ativistas estavam a protestar contra a exploração petrolífera no Ártico.
O
navio seria depois rebocado até Murmansk (noroeste da Rússia), e a
tripulação de 30 elementos - 28 militantes da Greenpeace e dois
jornalistas, de 18 nacionalidades -, foi colocada em prisão preventiva
durante dois meses.
No início de outubro, os membros da tripulação foram acusados formalmente de "pirataria em grupo organizado".
A 23 de outubro, a justiça russa decidiu reduzir a acusação contra tripulação, passando de "pirataria" para "vandalismo".
Segundo a lei russa, o crime de "vandalismo" é punível com pena até sete anos de prisão.
Durante
esta semana, a justiça russa decidiu libertar sob fiança 29 dos 30
membros da tripulação do navio da organização ecologista. Até ao
momento, 26 ativistas já saíram da prisão.
A exceção foi o
australiano Colin Russell (operador de rádio), que viu a ordem de prisão
preventiva prolongada por mais três meses, até 24 fevereiro.
* Os vassalos do filho de Putin são assim, até a justiça na Russia é um putinice.
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