HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Pornografia infantil:
PJ defende base de dados
Dados de 2011 demonstram que Portugal não foi eficiente na transmissão
de dados de criminosos e das vítimas de abusos sexuais à Interpol.
O
inspetor-chefe da Brigada de Investigação de Pornografia Infantil da
Polícia Judiciária, Jorge Duque, defendeu esta sexta-feira a criação de
uma base de dados nacional com imagens de crianças abusadas sexualmente,
por forma a permitir uma cooperação mais eficaz com a Interpol.
"É
difícil investigar a nível global sem uma base de dados nacional",
adiantou Duque, explicando que esta ferramenta iria permitir saber
várias informações, como se a vítima e o abusador já foram
identificados, a data em que ocorreram os factos e a idade da vítima.
No colóquio "As crianças e a Internet – uso seguro,
abuso e denúncia", o inspetor-chefe da PJ acrescentou que "cada país tem
de fazer o seu trabalho e entregar essas imagens na base de dados da
Interpol de modo a que as polícias não se dispersem a investigar"
situações já identificadas e centrarem-se nas imagens em que as vítimas
ainda não estão identificadas.
Para
Jorge Duque, esta base de dados permitiria uma "investigação muito mais
sólida" e "uma acusação muito mais forte". "Algo está a falhar
relativamente à informação que é transmitida à Interpol, que só é
possível com uma base de dados", frisou, aludindo a dados de 2011 da
polícia internacional sobre este crime, nos quais Portugal não consta
dos relatórios.
O responsável alertou
também para os factos de que este tipo de crimes "não se previne, não se
investiga e não se iliba um cidadão sem esses dados" de comunicações
eletrónicas. "O acesso ao local do crime está interdito não só pelos
circunstancialismos inerentes à origem da comunicação com relevância
criminal (domicílio, empresas, cibercafé, rua) como pela delonga
inerente ao circuito burocrático na obtenção dos dados", justificou.
Devem
ainda ser reforçados "os esforços na investigação e perseguição penal
de abuso de crianças online" e aumentar a consciencialização pública
sobre "os riscos colocados pelas atividades das crianças na Internet,
incluindo a produção de imagens pelas próprias crianças".
* Somos inimigos viscerais de violadores e de promotores de pornografia infantil, temos pena de o legislador português ser tão brando para com estes energúmenos, quando vemos um pobre que furta no supermercado 4€ de produtos alimentares é considerado um criminosos e punido.
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