HOJE NO
" JORNAL DE NOTÍCIAS"
Vice-presidente da bancada do CDS
quer suspensão total das
subvenções a ex-políticos
O vice-presidente
da bancada do CDS-PP João Almeida defendeu esta quinta-feira a suspensão
das subvenções dos ex-políticos, considerando que um corte de 15% não é
suficiente do ponto de vista ético.
E SÃO DEMOCRATAS |
"Entendo que esse
esforço deve ser muito maior, entendo até que, do ponto de vista ético,
não fazia sentido, neste momento, pagar qualquer subvenção a
ex-políticos", afirmou João Almeida.
João Almeida disse aos
jornalistas, no Parlamento, estar a falar em nome pessoal, referindo ter
consciência da "responsabilidade" de ser porta-voz do CDS-PP e
vice-presidente da bancada centrista.
"O momento é um momento
exigente, há prioridades que são prioridades financeiras, sabemos,
naturalmente, que este corte não permite a poupança de despesa que
outros cortes permitem, mas não interessam apenas os princípios
financeiros, interessa também ter em conta os princípios éticos",
declarou.
O "Diário Económico" avançou esta quinta-feira que o
Governo quer cortar 15% nas subvenções vitalícias dos ex-políticos,
citando fonte governamental.
As subvenções vitalícias foram
eliminadas em 2005, continuando a recebe-las quem tinha constituído esse
direito anteriormente a essa data.
"Numa altura em que se pedem
tantos esforços a muitos portugueses, muitos portugueses que têm
rendimentos baixos, em que esse esforço é necessário para a consolidação
das contas públicas, não faz sentido que o que se peça aos ex-políticos
seja apenas um esforço de 15%", afirmou João Almeida.
O deputado
centrista disse que, "do ponto de vista ético, é essencial que se dê um
exemplo nesta matéria e 15% está longe de ser um exemplo, o corte tem
que ser muito maior", considerando que "a discussão deve partir do ponto
zero, que é o ponto mais justo".
João Almeida argumentou que "a
esmagadora maioria destes políticos têm rendimentos que acumulam com
estas subvenções", ao passo que a esmagadora maioria dos portugueses que
estão a efetuar esforços, não.
Questionado sobre se irá
apresentar uma proposta nesse sentido e se essa eventual proposta será
apresentada em conjunto com o PSD, João Almeida respondeu que ainda é
prematuro definir essa matéria porque "não há sequer ainda uma proposta
de Orçamento" e que o importante é "manifestar, desde já, que o corte
seja profundo".
"Se não vier na proposta de Orçamento, terá que se
discutir a forma de conseguir alterar o orçamento no sentido de
aprofundar essa poupança", disse.
Interrogado sobre se defende que
o corte seja permanente, João Almeida disse que "há questões de
constitucionalidade" e que "deve ser estudada a melhor solução".
"Esta
é uma subvenção que foi eliminada em 2005, quem recebe é porque tinha o
direito constituído anteriormente, muita coisa mudou entretanto e não
faz sentido para ex-políticos um princípio de que há um direito
adquirido quando, infelizmente, têm que se pôr outros direitos em causa,
fruto da situação difícil que o país enfrenta neste momento", declarou.
* Os reformados também foram assaltados retroactivamente nas suas reformas, entregaram ao Estado o dinheiro dos descontos para ser devolvido mais tarde depois de supostamente ter sido bem gerido, foram enganados e nem piam.
Ex políticos com mordomias vitalícias é um crime num país onde há fome.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário