HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Assunção Esteves vai a Angola,
BE recusa integrar comitiva
A visita de Assunção Esteves a Angola decorrerá na próxima segunda,
terça e quarta-feira, e tem como objectivo a participação numa reunião
da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), decorrendo em
simultâneo um encontro bilateral entre representantes dos parlamentos
dos dois países.
A presidente da Assembleia da República convidou, como habitualmente,
os grupos parlamentares a estarem representados na comitiva, tendo o
Bloco de Esquerda recusado acompanhar Assunção Esteves.
"A democracia não é plena em Angola. Há direitos fundamentais que não
são respeitados, a liberdade de imprensa não é plenamente respeitada, a
liberdade de manifestação não é plenamente representada", justificou à
Lusa o líder parlamentar bloquista, Pedro Filipe Soares.
Para Pedro Filipe Soares, há uma "tentativa de transformação de uma reunião da CPLP num encontro bilateral".
O líder parlamentar bloquista sublinhou ainda que "a motivação" da
visita da presidente da Assembleia da República é participar de um
encontro da CPLP, um organismo no qual o BE nunca esteve representado,
sendo a representação parlamentar portuguesa tradicionalmente dividida
entre PSD e PS.
O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, anunciou no dia 15 de
Outubro, em Luanda, o fim da parceria estratégica com Portugal, durante
o discurso sobre o estado da Nação, na Assembleia Nacional de Angola,
apontando "incompreensões ao nível da cúpula e o clima político atual".
Alguns dias antes, em entrevista à Rádio Nacional de Angola, o
ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete, tinha pedido
desculpa a Luanda pelas investigações do Ministério Público português,
declarações que provocaram polémica em Lisboa.
Desde então, têm havido uma série de afirmações de responsáveis dos
dois países sobre esta questão. A parte portuguesa tem procurado
relativizar o problema mas, na semana passada, o chefe da diplomacia
angolana, Georges Chikoti, disse, em entrevista à Televisão Pública de
Angola, que Luanda deixou de considerar prioritária a cooperação com
Portugal, elegendo África do Sul, China e Brasil como alternativas.
Sobre a realização da primeira cimeira bilateral, inicialmente
prevista para o final deste ano e adiada para Fevereiro de 2014, o
ministro angolano disse não ter "muita certeza" sobre a efectiva
realização.
Em resposta, o ministro da Presidência, Luís Marques
Guedes, declarou que o Governo português dá prioridade à resolução de
"todas as perturbações que possam existir" na relação entre Portugal e
Angola, que pretende manter e aprofundar.
* Será que a sra. Presidente vai dizer que a "Lavandaria Portugal" continua ao dispôr da corrupção angolana?
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